O 7º Encontro de Mulheres do Foro São Paulo que aconteceu em San Salvador, El Salvador, de 23 a 26 de junho, reuniu mulheres de 17 países da América Latina, da Europa e Estados Unidos para debater o tema ” As mulheres de esquerda e progressistas construindo o poder popular”.
O encontro aprovou uma carta de solidariedade as brasileiras, em especial a presidenta Dilma Roussef, diante da investida golpista para afastá-la da presidência da República. A CTB participou das atividades por meio de seu secretário de Relações Internacionais, Divanilton Pereira.
De acordo com a secretária nacional de Mulheres do PCdoB e integrante do comitê de direção nacional da Federação Democrática de Mulheres( Fedim), Liège Rocha, o encontro se posicionou em solidariedade as brasileiras que estão sob ameaça de subtração dos direitos conquistados diante da onda conservadora no país.
Confira a íntegra:
Solidariedade com Dilma Rousseff e Contra o golpe que levou ao afastamento ilegal da Presidenta
Nós representantes de vários países da América Latina e Caribe, reunidas no Encontro de Mulheres, realizado durante o 22º Encontro do Foro São Paulo, em El Salvador, de 22 a 26 de junho de 2016, preocupadas, com essa onda golpista que ataca o Brasil e outros países e governos progressistas democraticamente eleitos na América Latina, como a Venezuela, Bolívia, com acusações aos governos e seus principais líderes, numa nítida orquestração entre o imperialismo norte-americano, a grande mídia e grandes grupos econômicos, com o objetivo de desestabilizar a ordem democráticae impedir o avanço das conquistas sociais e populares alcançados na região nos anos recentes, manifestamos nossa solidariedade com as forças progressistas e democratasbrasileiras que nesse momento lutam em defesa da democracia e contra o golpe.
Manifestamos nossa solidariedade com a Presidenta Dilma Rousseff, que desempenhou papel fundamental na defesa de uma sociedade soberana e independente, que retirou da extrema pobreza milhões de brasileiras e brasileiros, abriu as portas das universidadespara negros e estudantes das escolas públicas, desenvolveu programas sociais como Minha Casa Minha Vida, que beneficiou principalmente as mulheres e defendeu uma pátria educadora com progresso para todos.
Juntamo-nos às brasileiras e brasileiros denunciando o golpe no Brasil que nos faz lembrar outros momentos históricos, na Europa e na América Latina, quando o fascismo e ditaduras militares cercearam a liberdade dos povos.
Manifestamo-nos em defesa da democracia no Brasil, da soberania dos povos e pelo desenvolvimento e da paz na América Latina, no Caribe e no mundo.
Lutamos pela emancipação das mulheres e dos povos, sem ingerências externas na perspectiva da construção de um mundo de igualdade.
El Salvador, 25 de junho de 2016.
Mulheres do Foro São Paulo