A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) avalia positivamente sua atuação ao longo de 2010. No ano em que completou três anos de existência, a central já adquiriu pleno reconhecimento no sindicalismo nacional e internacional.
A CTB iniciou o ano conquistando o status de terceira posição em representatividade sindical, manteve e ampliou sua organização em todos os estados e no Distrito Federal e participou de todas as principais lutas dos trabalhadores brasileiros.
Na agenda permanente do sindicalismo, é crescente a mobilização da central em atos unitários como o Dia Internacional das Mulheres, o Dia dos Trabalhadores, Dia do Meio Ambiente e o Dia Nacional de Combate ao Racismo, bem como na luta contra práticas antissindicais.
A ação da CTB junto com as outras centrais viabilizou uma conquista estratégica: a política permanente de valorização do salário mínimo, um poderoso instrumento de distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno.
Cabe destacar também o empenho para fazer avançar a luta em defesa da redução da jornada de trabalho para quarenta horas, sem redução do salário, o empenho pelo fim do fator previdenciário e pela valorização do aposentando.
Integra o leque de ações positivas a ação da central no Congresso Nacional e nos Poderes Executivo e Judiciário. Nessas esferas, a CTB sempre procurou zelar pela defesa e ampliação dos direitos dos trabalhadores, incluindo diversas questões ligadas ao funcionalismo público.
No setor rural, a CTB manteve sua influência na Contag e se fez presente na luta em defesa da reforma agrária e do fortalecimento da agricultura familiar, com destaque para a manifestação do “Grito da Terra” e no Encontro dos Jovens Trabalhadores Rurais.
A CTB teve importante participação no Encontro dos Movimentos Sociais e se destacou como proponente e uma das principais organizadoras da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada em junho, no Estádio do Pacaembu.
Com a Agenda da Classe Trabalhadora aprovada como referência, a CTB ajudou a impulsionar a principal batalha política do ano – as eleições gerais de outubro – que garantiu a terceira vitória consecutiva das forças progressistas.
No plano internacional, a CTB também colheu êxitos importantes. Participou das lutas coordenadas pela Federação Sindical Mundial e das atividades da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul e do III Encontro Sindical Nossa América.
No plano organizativo, as secretarias da central se estruturaram melhor, criaram comissões e participaram de diversos fóruns. Registre-se o grande número de participantes dos cursos de formação, o avanço na área das comunicações, o vídeo lançado no Dia das Mulheres e um conjunto de iniciativas que deram grande visibilidade à central.
O balanço positivo, no entanto, não pode deixar de lado o longo caminho que a central ainda precisa percorrer. Para o ano de 2011, com novo governo, está colocada na ordem do dia a luta pela realização da Agenda Nacional da Classe trabalhadora.
Além disso, a CTB precisa avançar na filiação de novas entidades e estruturar melhor as CTBs estaduais, dinamizar as secretarias e superar a compartimentação entre as diferentes frentes.
Mais do que tudo isso, em 2011 a CTB precisa continuar erguendo bem alto a bandeira do sindicalismo classista, politizado, unitário, independente e democrático, intensificar a mobilização dos trabalhadores para novas conquistas.
Nivaldo Santana é vice-presidente da CTB
