Movimentos sociais lançam declaratória no III Fórum Social das Américas
Posições firmes diante da permanência das bases militares, da Escola das Américas, da Quarta Frota; reafirmação da luta contra o agronegócio e a favor da reforma agrária integral e a soberania alimentar. Esses são alguns dos pontos da Declaração da Assembléia dos Movimentos Sociais realizada no marco da terceira edição do Fórum Social das Américas, finalizado ontem (12), na Guatemala.
"Somos participantes de um momento histórico e decisivo para a humanidade. Nesses dias, ficou evidente o fracasso do sistema capitalista que desde os movimentos sociais temos advertido há muito tempo. Vivemos momentos marcados pela ruína do sistema financeiro internacional; que evidenciou o caráter especulador e espoliador do capitalismo e desmascarou a falta de moral e de transparência dos grandes capitais", afirma a Declaração.
Afirmando que os movimentos sociais têm um papel essencial na derrota definitiva do neoliberalismo, a Declaração ressalta a solidariedade e compromisso com a Alternativa Bolivariana para os Povos das Américas (Alba), com a luta do povo boliviano pela construção de uma nova sociedade pluricultural e plurinacional e com a heróica revolução cubana, exigindo o fim do bloqueio econômico e a liberdade dos cinco presos políticos cubanos nos Estados Unidos.
"Reafirmamos o direito das mulheres a decidir com liberdade sobre suas vidas, corpos, sexualidade e territórios que habitam, com suas riquezas naturais e culturais. Reafirmamos que a autonomia das mulheres é condição para construir relações igualitárias numa nova esquerda nas Américas livre de máculas do patriarcado. Por isso nos pronunciamos por um pacto ético de não violência e equidade", afirma.