Por Adilson Araújo, presidente da CTB
A participação nas manifestações de rua é um reforço ao #ForaBolsonaro. Nós defendemos a construção da frente ampla. Para concretizá-la devemos unir todas as forças que se opõem a Jair Bolsonaro, independentemente das convicções políticas e ideológicas.
O que nos move é ganhar as ruas contra a alta da inflação, o crescimento do desemprego e da miséria, o preço do gás de cozinha a R$120,00, a falta do abastecimento de água com a gravidade da crise hídrica, a destruição do meio ambiente, a energia a cada dia mais cara e a gasolina no valor de R$ 7,00 o litro. Sem contar a alta do dólar e os juros nas alturas.
Temos hoje no Brasil mais de 20 milhões de desempregados, outros 20 milhões passando fome e 120 milhões em situação de insegurança alimentar. O preço dos alimentos, da energia e dos combustíveis acumulam altas insuportáveis para o povo.
Cresce a ameaça de apagões. O presidente dá de ombros para os problemas nacionais e ocupa seu tempo com ameaças à democracia e agressões às instituições e autoridades de outros poderes.
O movimento em defesa da democracia e dos direitos do povo exige hoje maior amplitude. Sem unir todas as forças não alcançaremos nosso objetivo de derrotar o desgoverno Bolsonaro e barrar o caminho do fascismo. Depois do dia 12, teremos também o dia 15, uma iniciativa do Fórum Direitos Já! Esse está propondo reunir lideranças mundiais, além de Lula e FHC.
Penso que tudo isso reforça o consenso oposicionista de que com Bolsonaro não dá mais. O governo deixou de comprar a vacina em troca de propinas (conforme apurou a CPI da Covid), abriu guerra contra o isolamento social, estimulou aglomerações e repudiou o uso de máscaras. Sua política negacionista, temperada na corrupção, é a principal causa das 587 mil mortes por covid-19 verificadas até este domingo (12).
Perdemos mais de R$ 243 milhões em vacinas, testes e remédios, enquanto o povo segue morrendo, vitima do negacionismo. E agora vemos desfilar os seus delírios carregados de ódio e ataques às instituições, que exacerbaram a instabilidade e a crise econômica provocando prejuízos estimados em R$ 195 bilhões.
Diante deste quadro caótico a saída começa pelo afastamento do presidente e é preciso lembrar que o processo de impeachment, se for admitido e aberto na Câmara dos Deputados, depende de quórum qualificado para aprovação, o que não é viável sem a formação de uma frente ampla contra o líder da extrema direita.
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