Trabalhadores do Rio de Janeiro fortalecem luta contra PL 4330

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Trabalhadores e trabalhadoras tomaram as ruas do Rio de Janeiro em um grito contra o nefasto projeto da terceirização. Chamados pelas centrais sindicais e movimentos sociais de “Dia Nacional de Luta” a pauta que unificou os trabalhadores e as trabalhadoras foi o repúdio à aprovação do Projeto de Lei 4.330/2004, que propõe a regulamentação do sistema de terceirização no mercado de trabalho brasileiro.

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Diversas atividades ocorreram durante o dia. Em frente à Refinaria Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, os petroleiros fizeram uma grande manifestação que culminou com a interdição da pista, em protesto contra as terceirizações.

Na Zona Norte da capital, a Rua Leopoldo Bulhões foi interditada parcialmente por trabalhadores dos Correios, que paralizaram as atividades do Centro de Tratamento de Encomendas de Benfica. Além de atacar o PL 4330, os trabalhadores liderados pelo Sintect-RJ, entidade filiada à CTB, exigiam melhores condições de trabalho, realização de concurso público e a revisão do desconto do Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis).

Ainda pela manhã, técnicos administrativos da UFRJ, liderados pela CUT e pela CTB ocuparam as pistas da Linha Vermelha e os trabalhadores da Cedae, reuniram-se com os dirigentes do Sintsama-RJ em diversas unidades da empresa para protestar contra a aprovação do PL 4330 e exigir mais concursos para a Companhia.

No fim da tarde, na Praça da Cinelândia, no centro do Rio, representantes das centrais sindicais e de diversos movimentos sociais se concentraram em um ato que partiu em marcha até a sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) onde ocorreu um enterro simbólico da carteira de trabalho.

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Na avaliação do presidente da CTB-RJ, Ronaldo Leite, o ato foi importante porque paralisou diversas categorias e deixou claro que os trabalhadores são contra o PL das Terceirizações. Leite também destacou a importância a atividade e da unidade das centrais sindicais e movimentos sociais. “A unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais é fundamental para impedir o PL 4330. A aprovação desse projeto é a extinção da CLT e por isso é necessário que pressionemos com forte mobilização nas ruas para impedir que o lobby dos empresários consiga retirar direitos dos trabalhadores”, destacou Leite.

Por fim, o cetebista conclamou todas as entidades e movimentos sociais presentes para construção de um grande ato unitário no 1° de maio, mantendo a mobilização dos trabalhadores para impedir a todo custo que a classe trabalhadora para o ônus da crise econômica e perca direitos duramente conquistados.

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Por José Roberto – CTB-RJ

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