O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) realiza assembleia geral nesta segunda-feira (2), às 15h30, na Praça do Congresso, para a categoria decidir se aceita ou não a contraproposta de reajuste do governo do estado, que sugeriu, nesta quarta-feira (28) aumentar em 14,57% os salários dos trabalhadores da rede estadual de ensino. A afirmação foi feita em coletiva de imprensa na sede do sindicato.
“Dependendo do resultado da assembleia, a categoria volta ou não a trabalhar. Aproveitamos para pedir desculpas aos pais e alunos mais uma vez e dizer que só depende do governo do estado resolver essa situação”, disse o presidente do Sinteam, Marcus Libório.
No sábado (30), o sindicato e o comando de greve vão realizar um seminário sobre os números e leis referentes aos assuntos inerentes à categoria.
Greve
Os trabalhadores estão em greve desde a última segunda-feira (26) e tem como pauta de reivindicação a retomada do plano de saúde, o pagamento do vale-transporte integral sem o desconto de 6%, reajuste no auxilio localidade, que passou de R$ 30 para R$ 200 até R$ 1.000. Nestes pontos já houve avanço e consenso entre a categoria.
O impasse está no percentual de reajuste salarial e equiparação do valor do vale alimentação da categoria com o da Polícia Militar, de R$ 600. Atualmente, o auxílio é de R$ 220.
“Nosso maior interesse é no percentual pois somente professores e pedagogos recebem os demais benefícios. Já o reajuste alcança demais trabalhadores e aposentados”, explicou Libório.
Greve atinge capital e interior
Pelo menos 80% das escolas da rede estadual de ensino paralisaram as atividades. A avaliação é do Sinteam. O sindicato oficializou na sede do governo um pedido de audiência com o governador Amazonino Mendes, na terça-feira (27), para retomar as negociações, cujo impasse refere-se ao percentual de reajuste salarial. A categoria pede 35%.
Os comandos de greve já foram instalados na capital e no interior a recomendação é que cada delegacia municipal decida como as atividades se darão.
Em Manaus, aconteceram atividades em todas as zonas da cidade. Na quarta-feria (28) ocorream visitas às escolas que ainda não paralisaram, aulão público e panfletagem explicando para a sociedade os motivos da greve nos terminais de ônibus, além de passeatas.
A principal agenda aconteceu às 16h no Largo de São Sebastião, em Manaus, de onde as trabalhadoras e os trabalhadores saíram em passeata pelo centro da capital amazonense até o bairro Aparecida, aonde aconteceu a tradicional novena de Nossa Senhora de Aparecida.
Na quarta-feira ocorreu ainda uma manifestação na frente da sede do governo a partir das 15h para cobrar uma posição do governador Amazonino Mendes sobre o reajuste salarial.
Pelo menos 60 municípios estão sem aula em todo o estado.
Mariane Cruz – Sinteam