Oposição Metalúrgica de São José dos Campos comemora a revogação de demissões pela GM

“A luta da família metalúrgica de São José dos Campos conquistou essa importante vitória, fazendo com que a GM voltasse atrás de sua decisão de demitir quase 800 pais e mães de família, na véspera do Dia dos Pais”, afirma Luís Fabiano Costa, dirigente da Oposição Metalúrgica CTB, de São José dos Campos (SP), sobre o acordo firmado com a direção da General Motors do Brasil, que revogou a demissão de 798 trabalhadores nesta sexta-feira (21), ratificada por assembleia dos metalúrgicos na segunda-feira (24).

metalurgicos sjc assembleia 24 08 2015

A empresa aceitou a proposta do Tribunal Regional do Trabalho, 15ª Região, que propôs um acordo e os demitidos serão colocados em lay-off (afastamento temporário do trabalho) por 5 meses. Mas Fabiano assegura que a revogação das demissões foi uma vitória dos trabalhadores. “Diante a postura da empresa de demitir, a categoria foi à greve como única alternativa para barrar as demissões”, realça. “Foi uma greve bonita. Mantida pelos demitidos, que até então nem sabiam o que era sindicato e de repente se viram em um acampamento dia e noite se revezando na porta da empresa em defesa do emprego de todos”, lembra o cetebista.

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Para ele, a união foi fundamental para a categoria conseguir esse acordo. “Mesmo os trabalhadores não demitidos pararam em solidariedade”, afirma. Assim, “os 5 meses de lay-off foram muito comemorados e todos ficaram orgulhosos de si”, sintetiza. “Nós da oposição também ficamos orgulhosos desses trabalhadores pois deram um exemplo de resistência”. Também “esperamos que nosso movimento sirva de inspiração a todo movimento grevista que venha a ser deflagrado em nosso país”, reforça Fabiano. Para ele, “o mais importante agora é manter a união para evitar novas demissões daqui a 5 meses”.

Mercedes-Benz no ABC

Após a montadora alemã Mercedes-Benz demitir 1.500 trabalhadores e trabalhadoras, os metalúrgicos entraram em greve por tempo indeterminado para reaver as demissões. “Será um processo forte de luta e mobilização até que a empresa revogue a decisão e todos os companheiros voltem a trabalhar”, afirmou o secretário-geral da CUT e do CSE (Comitê Sindical de Empresa) na Mercedes, Sérgio Nobre.

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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