Magistério gaúcho completa uma semana de greve histórica por melhorias na educação pública

Em ato em frente ao Palácio Piratini (do governo do Rio Grande do Sul), a vice-presidenta do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), Solange da Silva Carvalho, conta que o protesto desta terça-feira (12) acontece para obrigar o governador José Ivo Sartori (PMDB) a dialogar com a categoria.

Neste momento, educadoras e educadores gaúchos, estudantes e comunidade escolar, servidores de diversos setores do funcionalismo público, movimentos sociais e população em geral ocupam a Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, realizando um grande ato em apoio à greve do magistério da rede pública estadual.

“Paralisamos nossas atividades na terça-feira (5) porque estamos sem reajuste há 21 meses”, diz. Ela afirma ainda que essa já é a maior greve da história do magistério gaúcho com adesão de 70% da categoria em todo o estado. “Alcançamos inclusive cidades que historicamente não participavam das greves”, reforça.

Ela denuncia a repressão policial ao Ato Público Estadual da Greve, com gás de efeito moral, mas lembra que “o governo viu a força do movimento e marcou uma reunião com o Comando de Greve para às 14h”.

De acordo com ela, a principal reivindicação do professorado é que “o governo pague o nosso salário integral, não suportamos mais receber nosso salário parcelado”.

Além da reivindicação salarial, a sindicalista diz que a paralisação é também contra as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que prejudicam os servidores e as servidoras.

“O governador quer congelar nossos salários até 2020 e nos usa como moeda de troca para renegociar as dívidas do estado com o governo federal, prometendo acertar a nossa situação, mas estamos de braços cruzados para a melhoria da educação pública do nosso estado”.

Principais reivindicações:

– Pelo pagamento integral do salário, do 13º e pelo fim dos parcelamentos;
– Pela retirada das PECs 261, 257, 242, 258 e do PL 148;
– Contra o arrocho salarial, pela reposição salarial e em
   defesa da democracia.

“Protestamos também contra os Projetos de Lei (PLs) sobre a renegociação da dívida com a União. Porque ele usa essa tática para sucatear as nossas estatais e privatizá-las”. Além disso, conta Carvalho, “defendemos o arquivamento do PL 148 que inviabiliza o funcionamento dos sindicatos”.

Confira a agenda de mobilizações da Greve dos educadores e educadoras:

– Dia 13 (quarta-feira), partindo do acampamento para Panfletagem no Largo Glênio Peres e Ato em frente ao TJ/RS pressionando pelo cumprimento da Liminar que deveria garantir o pagamento do salário e implementação do Piso. No interior, aulas de cidadania e panfletagem nas Praças de maior circulação.
– Dia 14 (quinta-feira), via acampamento, Dia de Lutas com Ato Unificado em Porto Alegre, com chamamento de todas as centrais.
– Dia 15 (sexta-feira): Atos concomitantes em frente a todas as CREs do estado, com início às 14h10 (simbologia do 21º parcelamento: 2h10 de atividades concomitantes e articulados de pressão em todo o estado).
– Dia 18 (segunda-feira): Saída da Caravana da Educação; serão quatro roteiros no Estado, com saída dos ônibus rumo à visitação em todas as escolas do Estado, com o mote de chamamento para a luta e fortalecimento da     resistência que o momento exige, contra o desmonte da escola pública do Sartori e pela gestão democrática nas escolas.

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