Educadoras (es) de São Paulo cruzam os braços contra a reforma trabalhista e por trabalho decente

Publicado 23/05/2018
As aulas das escolas particulares da cidade de São Paulo começaram na rua nesta quarta-feira (23). As educadoras e os educadores da rede privada de ensino de São Paulo paralisaram as atividades por causa da intransigência patronal na negociação da convenção coletiva.
O Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), convoca assembleia em sua sede às 14h e uma manifestação no vão do Masp, na avenida Paulista, às 16h. “A greve começa forte na capital e deve se estender para todo o estado”, afirma Paulo José Nobre, secretário-geral da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp).
A Fepesp informa que a convenção coletiva está na Justiça, em processo de dissídio e reafirma a importância de uma mobilização forte para “destravar a negociação”. De acordo com Nobre, a mobilização dos docentes das escolas particulares acontece em todo o estado e deve crescer. “Estamos juntos na mesma luta para barrar a ofensiva dos patrões contra conquistas históricas da categoria, por causa da reforma trabalhista”.
Nobre, que também é secretário-geral da CTB-SP, conta que os patrões endurecem as negociações em três pontos importantes para a categoria. “Os patrões querem diminuir o recesso escolar de 30 dias, passar de 24 para 36 meses o direito de os profissionais adquirirem a garantia de salário e emprego e querem diminuir de dois para um filho com direito à gratuidade na escola onde o docente trabalha”.
A greve iniciou nesta quarta-feira, na capital, na região do ABC paulista, em Osasco e em Santos, no litoral. Para os dirigentes do Sinpro-SP, a mobilização está bastante positiva. “Os patrões é que recusam as propostas de conciliação que fazemos”, acentua Nobre.
“Eles se baseiam na reforma trabalhista e com isso pretendem retirar conquistas importantes da categoria que vigoram nas convenções coletivas desde 1996”, diz. Por isso, “precisamos resistir à implantação da reforma trabalhista agora, antes que seja tarde”.
O Sinpro-SP convoca ainda as professoras e professores a participarem nesta quinta-feira (24) de uma audiência pública para discutir o tema na Assembleia Legislativa de São Paulo, às 19h.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB