Dia do Professor: a educação precisa ser levada a sério para a superação da crise

“De norte a sul do país, as educadoras e educadores se mobilizaram e organizaram o movimento em favor de uma educação democrática e inclusiva com a aprovação Plano Nacional de Educação (PNE) em 2014”, diz Marilene Betros, secretária de Políticas Educacionais da CTB.

Neste Dia do Professor – 15 de outubro -, “é essencial debatermos que educação a sociedade brasileira quer para as suas filhas e filhos”, afirma. “Temos à frente dois projetos, onde um é a reafirmação da liberdade, do respeito e da dignidade humana e o outro se baseia na opressão e na doutrinação”.

O projeto de Fernando Haddad valoriza a elevação do conhecimento com valorização dos profissionais e respeito à comunidade escolar. “Em todos os níveis, o projeto de Haddad visa a transformação do Brasil em um lugar melhor para se viver para todas as pessoas”, ressalta.

O capítulo destinado |à educação no plano de governo de Fernando Haddad está inserida a parceria com os municípios para a construção de creches e mais investimentos na educação básica e ampliação de investimentos no ensino fundamental.

“O futuro presidente do Brasil quer trazer de volta os royalties do pré-sal e o Fundo Social do petróleo para a educação e para a saúde públicas”, reforça Josandra Rupf, secretária de Educação e Cultura da CTB-SE. Além de “recuperar o PNE e investir ao menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação ser de fato uma área estratégica para o desenvolvimento nacional livre e soberano”;

O plano de governo de Haddad propõe maiores investimentos nas instituições federais, nas universidades, no ensino técnico, “criando um Sistema Nacional de Educação”, acentua.

“As educadoras e educadores brasileiros sabem a dificuldade de implantar o Piso Nacional Salarial do Magistério por falta vontade política de muitos governadores e prefeitos”, conta Lidiane Gomes, secretária de Igualdade Racial da CTB-SP.

Ela se lembra dos ataques à educação promovidos por Michel Temer. Além de “tirar os recursos do pré-sal, o governo golpista criou a Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os investimentos em educação, e a reforma do ensino médio que visa privatizar esse nível e o ensino superior”. Haddad garante revogar estas duas medidas.

Já Marilene assinala que o movimento educacional quer dialogar para construir uma educação “à altura das necessidades da nação brasileira do século 21, com liberdade, respeito e difusão do amplo conhecimento, sem tabu, sem censura”.

O outro projeto “prega a doutrinação, a repressão e a difusão de um conhecimento restrito aos interesses do Estado autoritário e do capital contra os interesses da maioria da população, sem respeito à dignidade humana”. Para ela, o “projeto de Bolsonaro acaba criará mais desemprego e menos qualidade na educação”.

“Jair Bolsonaro representa a continuação piorada de Michel Temer”, diz Lidiane. “Ele defende a educação à distância desde os primeiros anos do ensino fundamental”. Isso, “acaba com milhares de empregos de educadoras e educadores e tira a possibilidade das crianças das classes menos privilegiadas de estudar”, argumenta.

Não diz nada sobre mais investimentos em educação e nem mesmo cita a educação pública em seu plano de governo. “A única coisa que aparece é a vontade de impor as suas propostas. É o projeto Escola Sem Partido, que é a escola do partido único, autoritário, repressor e elitista.Além do que Bolsonaro votou contra a lei que beneficia as pessoas com deficiência e não prevê educação para esss pessoas” (leia mais aqui)

Muito importante o “resgate da participação popular, que o atual governo tentou eliminar, na reflexão e concepção de políticas educacionais”, diz Gilson Reis, coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).

Reis destaca a necessidade de se retomar os investimentos e tornar “a educação realmente uma prioridade absoluta para o desenvolvimento nacional com justiça social”.

Por isso, neste Dia do Professor, “é fundamental que reflitamos que país nós queremos para os nossos filhos. Um país sem nenhuma educação, baseado na violência e no ódio ou um país com educação para todas e todos e valorização dos profissionais que tanto se dedicam a superar as mazelas da sociedade para o país avançar e o novo nascer da liberdade e da justiça”, conclui Marilene.

Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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