Desligamento voluntário: Sindicato dos Bancários de Sergipe teme precarização nos bancos

Os programas de incentivo às demissões, nas empresas públicas, entre elas no sistema financeiro, fazem parte do conjunto de medidas de retrocesso no país. O governo federal age com o objetivo de apequenar o papel social do Estado Brasileiro. A opinião é da presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb-SE), Ivânia Pereira.

A liderança sindical disse que preocupa a categoria bancária a celeridade de programas de redução do quadro de funcionários e de fechamento de agências. “Na verdade, no sistema financeiro, o objetivo do governo federal é fortalecer o sistema financeiro privado, em detrimento dos bancos públicos. Essa onda de demissão voluntária, tanto nos bancos públicos quanto privados, ampliam o processo de terceirização e precarização das relações de trabalho. O objetivo único dos bancos é cortar postos de trabalho para aumentar ainda mais os lucros fabulosos, sacrificando clientes, usuários e a nossa categoria”, afirma Ivânia Pereira.

Segunda ela, “só nos primeiros meses deste ano, foram fechados 9.621 postos de emprego bancário no Brasil, o que representa 64% a mais em comparação com 2016”. O assunto foi um dos temas debatidos na Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, realizada em Aracaju, nos dias 14 e 15.

Caixa, BB, BNB e Bradesco

Este ano, o Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal já reduziram o quadro de pessoal, com Programa de Incentivo ao Desligamento (PID) e Programa de Desligamento Voluntário (PDV). No início da semana, a CAIXA reabriu o PDV e avisa que a meta é atingir a adesão de 10 mil funcionários. Outras medidas anunciadas seriam o fechamento, fusão, diminuição de estrutura ou remanejamento de cerca de 100 a 120 agências que, segundo a empresa, seriam deficitárias, e extinção de diversas filiais. O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) também anunciou o Programa de Incentivo ao Desligamento. O BNB pretende desligar os funcionários que ingressaram no banco antes de 2000, com mais de 50 anos e aposentado pelo INSS ou em condições de requerer o benefício.

No setor privado, o Bradesco também anunciou a abertura de programa de demissão voluntária, sem definir metas para adesão.

Déa Jacobina – Seeb-SE

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