É hoje. Prêmio “Falta D’Água” homenageará Geraldo Alckmin pela crise hídrica em SP
Publicado 13/10/2015
Nesta terça-feira (13), o Sindicato de Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema) e o Coletivo de Luta pela Água farão um ato para entregar o prêmio Falta d’Água ao governador de São Paulo, a partir das 16h, na Praça do Patriarca, no centro da capital.
Com bom humor, a atividade tem caráter de protesto contra a entrega do Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação, que será destinado no mesmo dia a Geraldo Alckmin, pela Comissão de Desenvolvimento da Câmara dos Deputados, em Brasília, às 20h, durante o 3º Seminário Internacional de Mobilidade e Transportes.
A indicação de Alckmin foi feita pelo deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB), em meio à maior crise hídrica da história do Estado de São Paulo. O governador foi escolhido para o prêmio na categoria Personalidades, considerado ilegítimo por mais de 100 entidades, dentre as quais estão CTB, CUT, Movimento dos Atingidos por Barragens, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e Central de Movimentos Populares.
“O Estado de São Paulo vem atravessando a pior crise hídrica de sua história e tanto a população quanto as entidades não concordam com a premiação ao governador, visto que ele é tido como o principal responsável pela falta d’água no estado”, afirmou Renê Vicente, presidente do Sintaema.
Não é de hoje que o governo é responsabilizado pela falta de planejamento no setor. As críticas já foram feitas por promotores de Justiça, Tribunal de Contas, Agência Nacional de Águas, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e até mesmo pela relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para Água e Saneamento, Catarina de Albuquerque, que esteve no Brasil no ano passado e culpou o governo pela crise hídrica pela qual o estado passa.
Coordenador da Frente Nacional de Saneamento Ambiental, Edson Aparecido da Silva afirma que a crise se agrava a cada novo período. “As obras que o governo prometeu para socorrer o sistema Cantareira estão em atraso e não sabemos se serão suficientes para amenizar o impacto da seca no Alto Tietê, que é terceiro manancial mais importante da região metropolitana, sem falar da ausência de estudos de impacto ambiental”.
Portal CTB com agências