Ato de solidariedade ao povo boliviano mobiliza centenas em São Paulo

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Dezenas de entidades estavam presentes ao ato. Centrais sindicais, partidos e movimentos sociais compareceram para dizer "não ao golpe separatista na Bolívia! Abaixo a direita fascista na América Latina”, conforme o título do Manifesto de Solidariedade divulgado durante a manifestação.

Ao lado de muitos bolivianos residentes no Brasil, que leram o manifesto de apoio ao governo de Evo Morales, representantes das entidades externaram seu repúdio à tentativa de golpe no coração da América do Sul.
 
Presente no evento, Wagner Gomes, presidente da CTB, discursou alertando que a solidariedade dos trabalhadores e do povo brasileiro ao povo boliviano é urgente e necessária. "O governo americano está envolvido nessa tentativa de desestabilização do governo de Evo Morales, por isso  se faz necessária a unidade dos nossos povos para derrotar a ingerência do imperialismo na América Latina", declarou.

O presidente boliviano tem enfrentado há quase um mês violentos protestos em departamentos (Estados) governados pela oposição (Pando, Beni, Santa Cruz e Tarija). A direita neoliberal é contra a nova Constituição que Morales pretende aprovar para aumentar a participação do Estado na economia, dar mais poderes à maioria indígena e promover uma reforma agrária. Na sexta-feira (12/09), um dos conflitos resultou no assassinato de 30 camponeses em Pando, cujo governador, Leopoldo Fernández, foi detido nesta quinta-feira, acusado de ser o mandante do massacre.

O Cônsul da Bolívia em São Paulo agradeceu a manifestação de apoio do povo brasileiro e  recebeu das mãos dos presentes o Manifesto de Solidariedade ao povo boliviano e ao governo de Evo Morales.

Leia a íntegra o Manifesto

 Não ao golpe separatista na Bolívia! Abaixo a direita fascista ianque na América Latina!

Na última semana, uma escalada de violência tomou o leste da Bolívia. Como não puderam eleger um representante direto das classes dominantes para o governo central, grupos civis da direita fascista tentam impor um golpe separatista ao país, com vistas à derrubada do governo de Evo Morales e retomar o controle absoluto sobre o país vizinho e, em especial, sobre o gás e os demais hidrocarbonetos.

Tais grupos, liderados pelos auto-intitulados ''comitês cívicos'' e pelos governadores oposicionistas de cinco departamentos (estados), em coordenação com a Embaixada Norte-Americana, implementaram um verdadeiro estado de terror em muitas cidades do oriente boliviano.

O caráter racista destas manifestações – que chamam de “invasor” o indígena do altiplano que migra para as terras baixas – é evidente não somente no discurso. Muitas das ações violentas desta semana se deram justamente nos locais de trabalho e de moradia desta população migrante – como no mercado camponês em Tarija e no bairro popular Plan 3000, em Santa Cruz.

Porém, a gota d’água ocorreu na quinta-feira (11/08), quando 30 trabalhadores camponeses (dados divulgados pelo governo boliviano até dia 14/09) foram massacrados por funcionários e grupos paramilitares ligados ao governo oposicionista do departamento de Pando.

Frente a esta situação, chamamos a todos para um ato de repúdio veemente à iniciativa de golpe separatista na Bolívia. Os EUA nunca hesitaram em utilizar a força para impor estados de terror com o objetivo de impedir o avanço das lutas e reivindicações camponesas, indígenas e operárias. Mas a ditadura e o fascismo não voltarão! Abaixo a direita fascista ianque na América Latina!

 Assinam:

 Via Campensina, MST, MTST, Intersindical, Conlutas, CMS, CTB, CUT, Marcha Mundial das Mulheres, UNE, Ubes, Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo, Consulta Popular, Serviço Pastoral dos Migrantes, MTL, Grito dos Excluídos Continental, PSOL, PSTU, PCB, PT, PCdoB e Refundação Comunista.

 Portal CTB

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