Tragédia sanitária estimulada por Jair Bolsonaro já matou mais de 650 mil brasileiros e brasileiras

Nesta quinta-feira (3) o Brasil computou oficialmente 650.052 óbitos e 28.839.306 casos da Covid-19, segundo dados das secretarias estaduais de saúde, provavelmente subestimados uma vez que equipes reduzidas no feriado fazem com que os registros não reflitam fielmente a realidade.

Seja lá como for, o número que traduz a dimensão da tragédia sanitária consolida o Brasil na lastimável posição de vice-campeão no ranking internacional de mortes causados pela pandemia. Perde apenas para os Estados Unidos.

Na verdade, a causa mais profunda desta tragédia e de outros males que atormentam nosso povo não é o novo coronavírus. Este poderia ser contido com medidas sanitárias adequadas, ainda que radicais, conforme sugere a China, com 4636 mortes para 1,45 bilhão de habitantes.

Aqui a doença teve o auxílio poderoso da Presidência da República, que declarou guerra ao isolamento social e ao uso de máscara, sabotou a vacinação, fez propaganda do uso de medicamentos ineficazes contra a doença e defendeu a difusão do vírus em nome da chamada imunização de rebanho.

Jair Bolsonaro, que no começo da pandemia caracterizou a Covid-19 como “uma gripezinha”, chegou ao ponto de saudar a mais nova variante do vírus, dizendo que a “ômicron é bem-vinda”. Segundo estimativas de cientistas brasileiros pelo menos três em cada quatro mortes associadas à doença poderiam ser evitadas não fosse o renitente e irresponsável negacionismo do governo.

É fundamental que a classe trabalhadora e o conjunto do povo brasileiro adquiram consciência de tudo isto para que em outubro expressem nas urnas o seu julgamento sobre o líder neofascista, cuja derrota é a primeira condição para conquistar melhores dias para a nação.