Valorização do trabalho e sustentabilidade socioambiental

Há 37 anos, em Estocolmo, na Suécia, foi realizada a Conferência das Organização das Nações Unidas (ONU) que escolheu o 5 de junho como Dia Mundial do Meio Ambiente, alertando a sociedade sobre os problemas que afetam a saúde do planeta e estimulando o debate sobre as políticas públicas necessárias  para a preservação ambiental.

Aos poucos as denúncias dos movimentos ambientalistas ganharam força, foram organizadas palestras, simpósios e encontros que resultaram em inúmeras declarações de compromisso dos governos com a preservação do meio ambiente e a redução da quantidade de carbono e outros gases químicos responsáveis pelo aquecimento global.

Não podemos negar os avanços e conquistas dos ideais verdes que elevaram a consciência ecológica no mundo todo. Porém, também não podemos tapar olhos e ouvidos para os retrocessos causados pela exploração indiscriminada dos recursos naturais, derrubada das matas, contaminação das águas com metais pesado, dejetos industriais e residenciais, e outros problemas que atingem todos, mas tem maior impacto na saúde das populações pobres.
Como Marx alertou, “o sistema capitalista esgota as forças dos trabalhadores e as forças da terra”, e a mão invisível do mercado continua depredando a natureza e impondo condições aviltantes de vida aos trabalhadores.

A crise financeira atual reflete os limites do consumo desenfreado que exige maior transformação de matéria-prima em lixo e poluição do solo, do ar, rios e oceanos, colocando sociedade diante do desafio de buscar um novo modelo de desenvolvimento, que seja ecologicamente sustentável e humanamente justo.

Desde a sua fundação, a CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil tem se preocupado com a questão ambiental e, através da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente, realizou o seu primeiro seminário no último dia 4, com exposição de Aldo Arantes, do Instituto Maurício Grabois, e Neilton Fidelis da Silva, do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

O seminário deu início na formação de uma política classista para o meio ambiente, que busque a valorização do trabalho com sustentabilidade socioambiental, tema da campanha que a nossa Secretaria de Defesa do Meio Ambiente está organizando para ampliar o debate em todos os estados e contribuir na construção de um mundo melhor.

Gilda Almeida, diretora da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente da CTB.

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