Em defesa de juros baixos

A redução da taxa Selic é uma bandeira história do movimento sindical. O corte de 1% na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), embora maior do que o mercado financeiro defendia, foi positivo, mas veio tarde e é menor do que o necessário para manter o desenvolvimento do Brasil com o crescimento da economia.
 
Atualmente, a taxa de juros brasileira (Selic) está em 12,75% ao ano. Enquanto na Índia é de 7,5%; na China, 5,58%, na Austrália, 4,25%; na zona do Euro, 2,5%, na Grã-Bretanha e na Suécia, 2%; no Canadá, 1,5%; no Japão, 0,2%; e nos Estados Unidos, de onde partiu a crise, a taxa chegou ao nível histórico de 0% a 0,25%.
 
Enquanto o mundo inteiro reduzia juros para evitar que a crise contaminasse a economia real, o Banco Central brasileiro, capitaneado pelo presidente tucano, Henrique Meirelles, aumentava a Selic com a justificativa de manter o controle da inflação.

Mesmo com os apelos do vice-presidente José de Alencar, quando assumiu a Presidência da República no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva, que também não é ouvido, Meirelles continuava aumentando os juros, que caminham na contramão das políticas de corte de juros adotadas pelos bancos centrais do mundo inteiro.

Em dezembro último, quando as evidências já apontavam para o desaquecimento da economia, o Copom manteve a taxa básica de juros em 13,75%. O presidente Meirelles ainda não entendeu que os juros altos contribuem para o desemprego e atravancam o crescimento econômico do país. Pelo desenvolvimento do Brasil com valorização do trabalho, ‘Fora Meirelles!’.

José Souza é presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe

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