Ao mesmo tempo em que todo o mundo fazia uma grande corrente pedindo a paz mundial no ano que começa, o Estado de Israel deu início a uma condenável guerra contra o povo palestino, promovendo ataques aéreos e terrestres, e causando a morte de mais de 500 civis, dos quaisquase 100 são crianças.
Tão condenável quanto isso é o fato de que toda esta disposição para gerar conflitos e fomentar a violência tem tido consentimento do Conselho de Segurança da ONU. As autoridades que detêm o “poder” para tentar fazer parar a carnificina iniciada por Israel, estão se isentando de sua responsabilidade, emitindo apenas opiniões a favor do cessar-fogo.
Mais uma vez atesta-se o velho ditado de que “quem cala consente”, porém, não é de se espantar que isso ocorra, já que os EUA é um dos países que tem poder de veto nesta organização.
Embora a mudança seja o lema do recém-eleito presidente norte-americano, prevalece a aprovação às reações belicistas e os interesses em ampliar o poderio estadunidense, custe o que custar. Para tentar camuflar seu oportunismo, já descarado, alegam que Israel tem o direito de se defender, como se o mundo não estivesse assistindo a uma infeliz desproporcionalidade nas formas de ação.
Por terra ou pelo ar, Israel tem usado as mais modernas máquinas de guerra, como tanques, infantaria e artilharia, sem contar com o seu numeroso exército, que literalmente massacra a população desarmada e miserável da Faixa de Gaza.
Está claro que Israel tem o objetivo de ocupar o território palestino, aumentando sua influência geopolítica, e que os EUA se mantêm por trás deste conflito com a intenção de controlar o Oriente Médio. Não se trata de uma questão religiosa. Esta guerra está sendo motivada pela ambição de poder, e centenas de pessoas inocentes estão perdendo suas vidas por causa disto.
O próprio povo norte-americano faz coro com os cidadãos do mundo, exigindo o fim deste massacre, e que a ONU cumpra o seu papel e interceda para o alcance de uma solução pacífica a este conflito que já existe há décadas entre o Israel e a Palestina.
A pressão e repúdio às ações de Israel aumentam a cada dia em que mais atrocidades são cometidas e nós, trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, devemos intensificar as manifestações pela paz entre os povos, condenando de forma contundente toda ação que coloque em risco a vida de qualquer cidadão inocente.
A CTB defende o internacionalismo e o combate à discriminação, assim como a independência e a soberania de todos os povos, e por isso condena esta monstruosidade, como definiu o próprio presidente geral da Assembléia da ONU – o nicaraguense Miguel D’Escoto – a guerra em curso na Faixa de Gaza.
Toda a solidariedade ao povo palestino!
Por Wagner Gomes, presidente da CTB