FSP, integração da América Latina e Caribe

A América Latina e Caribe vivem um momento de florescimento de governos progressistas e democráticos nos últimos anos. Estes governos interromperam o ciclo de avanço neoliberal e promoveram diversas mudanças estruturais em seus países assegurando direitos e ampliando políticas para os trabalhadores, a juventude e o povo.

O imperialismo não se conforma e promove ataques de todo o tipo no sentido de desestabilizar os governos progressistas e restabelecer a agenda neoliberal nestes países. Para isso se utiliza das elites locais subordinada e da força dos meios de comunicação.

O antídoto para as ameaças neoliberais do Imperialismo é a integração da América Latina e Caribe, uma integração soberana e solidária, com a força dos movimentos sociais, para aprofundar as mudanças estruturais em benefício do povo e não das elites.

É desta necessidade que se realiza o XX Foro de São Paulo na cidade de La Paz na Bolívia, nos dias 25 a 29 de agosto de 2014.

O Foro se inicia com a terceira edição da Escola de Formação Política, que tem por objetivo propiciar aos militantes o debate e reflexão acerca da integração latino americana e caribenha. Para Monica Valente, secretária executiva do Foro, “Evo Morales e Lula foram formados pela luta, mas eles mesmos sempre compreenderam a importância de fazer uma reflexão teórica e este é objetivo da escola”.

Na mesa de Movimentos Sociais, tivemos a apresentação do dirigente da CTB, Ronaldo Leite, que enfatizou a importância da integração dos povos e relatou a experiência de unidade dos trabalhadores com a construção do Encontro Sindical Nossa América, que realizou em maio deste ano seu 6º Encontro.

Balanço dos Governos progressistas e de Esquerda

Durante o Foro se realizou a 4ª Edição do Seminário de Balanço dos governos progressistas e de Esquerda. A importância deste seminário se traduz nas palavras de Iole Lopes, da Fundação Perseu Abramo, “Há 25 anos quando nasceu o Foro de São Paulo, contávamos apenas com Cuba e hoje são 10 governos progressistas na America Latina”. Na abertura, Ricardo Alemão, secretário de Relações Internacionais do PCdoB, diz que “Temos muitas e variadas esquerdas na América Latina e estas se referenciam no Foro de São Paulo, onde há muitas diversidades programáticas, mas há muito em comum. A integração é o objetivo estratégico do Foro, onde se debate a estratégia da perspectiva emancipadora dos povos”.

Para Adolfo Mendoza, ex-senador do MAS da Bolívia, “se falamos em unidade, a unidade tem que se expressar nas eleições que ocorrem em outubro no Brasil, Uruguai e Bolívia, com a preservação dos governos progressistas. Três eventos, uma só vitória!!!”

Alvaro Linera: “Uma revolução que se detém, retrocede. Uma revolução para consolidar-se tem que aprofundar-se”

Auge do Foro foi a participação do Vice-Presidente da Bolívia Álvaro Garcia Linera, na mesa de inauguração do Foro. Para ele, “Estados Unidos já não é mais a potencia imperial, dirigente do mundo, segue dominando porem tem que fazê-lo usando seus canhões, suas tropas especiais, seu intervencionismo brutal em cada uma das regiões”. E Linera continua: “Há um renovado internacionalismo e expectativa de integração regional. A fundação da Alba, da CELAC, da UNASUL são construções inéditas na história de nosso continente. Há 50 anos se criavam estruturas continentais, mas todas elas eram dirigidas e administradas por Estados Unidos. Nossas estruturas são aquelas como o povo latino-americano decidiu como começar a construir a nossa unidade”.

Rodrigo Cabezas, do PSUV da Venezuela, que também participou da mesa de inauguração do foro disse que “Nos negamos a aceitar como povos que uma potencia, por muito poderosa que seja, dite os destinos da pátria, da América Latina, do povo.Nos une o Foro de São Paulo nossa luta comum contra o neoliberalismo”, e continua, “Não somos muitos povos, somos um povo, que é a pátria grande da America Latina. Venceremos!!!

CTB no Foro de São Paulo

A CTB participa do Foro com os dirigentes Vitor Espinosa, Fábio Matos e Ronaldo Leite, que acompanham os debates. O Foro se encerra no dia 29 de agosto com a aprovação da Declaração Final.

Por Ronaldo Leite 

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