O Estado e a greve da Polícia Militar

De tempos em tempos somos surpreendidos por reações que nascem de forma natural, no seio da classe trabalhadora. E os sindicatos que atuam com comprometimento com a luta de classe dão vazão a estas reações de inconformismo, promovendo mobilizações, greves, paralisações e etc.

Constantemente, estes movimentos legítimos da classe trabalhadora são reprovados pela mídia e por setores da sociedade, que defendem arduamente o sistema capitalista, que tem como pilar principal a exploração do homem pelo homem através do trabalho.

Entretanto, novos tempos estão surgindo em nosso País, ainda com ventos de mudanças sutis, mas que nos enchem de esperança. O Estado defende o atual sistema e tem os seus instrumentos de repressão, que são utilizados quando esse mesmo sistema se vê ameaçado.

A polícia tem como missão proteger o cidadão, porém constantemente é utilizada pelo Estado como instrumento de repressão, para desmobilizar greves e acabar com ocupações, enfim reprimir a indignação dos trabalhadores (quando digo trabalhadores me refiro a toda sociedade, pois todos de alguma forma trabalham).

Agora, somos surpreendidos com as greves da Polícia Militar em vários lugares, ou seja, o principal instrumento de repressão do Estado se revolta contra o sistema!!!

Algumas reflexões:

O policial militar, como qualquer outro brasileiro, é trabalhador. O policial militar, como qualquer outro brasileiro, é explorado pelo sistema.

E agora, felizmente, esses policiais estão tomado consciência de que também são trabalhadores e como tais também são explorados, tendo o direito de não se conformarem com a exploração a que todos os trabalhadores de nosso País, de alguma forma, são expostos.

Todo apoio às greves da polícia militar, pois são trabalhadores do Brasil e cabe ao movimento sindical ser solidário, assim como as centrais sindicais, pois esses policiais em greve também são trabalhadores e têm o direito de utilizar o único e legítimo instrumento de luta dos trabalhadores, que é a greve.

 


Alex Santos é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro

 

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