Construir um comando forte

 

No último dia 12 de maio, terça-feira, o Comando Nacional dos Bancários (que envolve sindicalistas ligados a CUT, CTB e Intersindical) se reuniu para definir o calendário para a campanha salarial 2009 (CS/09), marcando a Conferência Nacional para os dias 17 a 19 de julho, em São Paulo. Por seu turno a Contec (que envolve sindicalistas vinculados a UGT) convocou seu Encontro Nacional para os dias 7 e 8 de agosto, em Recife, Pernambuco. Cabe ainda saber onde e quando o MNOB, vinculado a Conlutas, vai realizar seu planejamento para a campanha salarial deste ano.

Como esta reunião foi o passo inaugural desta nova jornada, cabe destacar que, geralmente, uma campanha se inicia ao passo que outra se encerra. Portanto, fazer um balanço da jornada passada; tirar lições da luta realizada; destacar os pontos positivos para dar continuidade a eles; apontar os erros cometidos para superá-los; é o que nos ensina a longa trajetória de luta da classe trabalhadora, dentre estes os bancários.

A estratégia de campanha unificada em mesa única, para discutir as questões gerais, concomitante com mesas específicas para avançar nas questões candentes dos bancos públicos – que não são abordados na mesa geral em função das suas singularidades como: Isonomia, dívida histórica do período FHC, dentre outros assuntos – deve fazer parte das nossas reflexões. Esta estratégia tem sido vitoriosa? Temos avançado?

Outro ponto vital para este ano refere-se à formação do Comando Nacional, ou outro nome que se queira batizá-lo. Este que deve ser o fórum de condução da CS/09 para todos os trabalhadores e trabalhadoras nas instituições financeiras. Entendido aqui que nos referimos aos bancários e bancárias do Bradesco, do Banco do Brasil, do Itaú, da CEF, do HSBC, do BNB, do Santander, do Basa e de mais umas dezenas de bancos. Além, é claro, dos trabalhadores e trabalhadoras das seguradoras, das cooperativas de crédito, das empresas terceiras, haja vista que nossa campanha se propõe a abranger todo o ramo financeiro. Estes estão localizados em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia, mas, também, no Acre, no Amapá, no Rio Grande do Sul, no Ceará, no Mato Grosso, ou seja, em todo o país, que tem dimensão continental.

Comandar, dirigir, orientar uma campanha que envolve 450 mil bancários – sem contar os outros seguimentos – tem que ultrapassar visões estreitas, localizadas, mesquinhas. É imperativo conformarmos um colegiado que seja o mais amplo e representativo possível. Esta tarefa é grandiosa. Representa suplantar entraves; feridas ainda abertas; questões de método e concepções individuais. Porém, penso que são pontos a serem superados haja vista que este será o terceiro ano consecutivo que nós, Bancários Classistas, apresentamos tal proposição. Em 2007 demos passos iniciais neste sentido. Já em 2008 conseguimos realizar algumas reuniões conjuntas. Cabe para 2009 termos uma campanha com TODOS JUNTOS, afinal a lista de reivindicações ainda não foi aprovada nem o índice definido, restando tempo para realizar os movimentos necessários neste jogo de xadrez.

Eduardo Navarro é bancário, coordenador geral dos Bancários Classistas e Financeiro Adjunto da CTB


Fonte: www.bancariosclassistas.blogspot.com

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.