Conservadorismo do Copom potencializa os efeitos da crise

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) frustrou, mais uma vez, as expectativas das centrais sindicais e contrariou os interesses nacionais com a decisão de reduzir em apenas um ponto percentual a taxa básica de juros (Selic), que ficou em 10,25% a.a e é ainda uma das maiores (senão a maior) do mundo em termos reais  (deduzida a inflação). Com esta conduta, o comitê em nada contribui no combate à crise econômica exportada pelos EUA e, muito pelo contrário, potencializa os seus efeitos, ao preservar uma política monetária conservadora que inibe os investimentos e o consumo.

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) repudia a decisão do Copom, que desperta indignação em amplos setores da nossa sociedade, incluindo parte substantiva do empresariado ligado à chamada economia real. A manutenção de juros reais altos e spreads de agiotas nos bancos já é uma aberração em períodos de expansão da produção. Revela-se ainda mais inaceitável em momentos de crise como a atual. A CTB conclama as centrais sindicais e os movimentos sociais a intensificar a luta por juros e spreads civilizados, visando o aquecimento da economia, a expansão da oferta de emprego e levantando, entre outras, as seguintes bandeiras:
Menos juros, mais desenvolvimento!

Democratização do Conselho Monetário Nacional!

Estabilidade no emprego!

Crescimento com valorização do trabalho!

Fora Meirelles! 

São Paulo, 29 de abril de 2009

Wagner Gomes, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

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