As mentiras nos discursos de Lira e Pacheco para os seus chefes do capital

Por Vladmir Nepomuceno

Em evento do mundo empresarial realizado na noite de quarta-feira, 29 de setembro, pelo jornal Valor Econômico, conhecido como “Valor 1000”, em sua 21ª edição, onde são premidas as melhores empresas em 26 setores, no critério da nata do capitalismo, participaram os presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira (PP/AL), e do Senado, senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG).

Na reunião os presidentes da Câmara e do Senado disseram estarem otimistas em relação ao prosseguimento da tramitação da reforma administrativa, a PEC 32/20.

Mentiras

Mais uma vez, eles repetem a falácia de que “a PEC não mexe em direito adquirido nem tira estabilidade.” Além disso, Arthur Lira também diz em relação ao texto aprovado na Comissão Especial que “saiu de lá um texto médio negociado entre oposição e governo”. Todos sabem, inclusive ele e os que o ouviram, que isso é mentira.

Já o presidente do Senado, lembrou que os senadores Antônio Anastasia (PSD/MG) e Kátia Abreu (PP/TO), que compõem a frente parlamentar que defende a reforma administrativa, vêm acompanhando as discussões. Lembrando que a senadora já está indicada como relatora da PEC quando chegar ao Senado. Assim como seu colega da Câmara, o presidente do Senado faltou com a verdade ao dizer que “há unanimidade de termos um Estado mais eficiente, menor, mais ágil,…”

A questão é que, em relação ao conteúdo da PEC, a acordos e a uma “unanimidade”, que não existe, sabemos que é mentira. No entanto, os discursos de ambos servem para lembrar que a temporada de caça aos votos ainda está aberta, que ainda não desistiram de comprar, seja com emendas do orçamento “secreto” e indicações para cargos públicos, os votos de deputados “indecisos”.

Isso tudo mostra a necessidade de as entidades do movimento sindical e social, junto com os partidos de oposição, seguirem intensificando a mobilização e a pressão aos parlamentares para impedir que a PEC 32 seja votada e aprovada na Câmara dos Deputados.

Sabemos que a proximidade do ano eleitoral e as denúncias nas bases dos parlamentares podem contribuir para atingirmos nosso objetivo de barrar a reforma administrativa.