A juventude quer fazer valer o seu amor

É fato que a juventude brasileira não se sente representada pelos poderes instituídos. Isso porque o sistema político não favorece a nossa participação. Candidaturas que representem a força da mulher jovem que vai à luta sem medo de nada.

Tornou-se muito comum ouvir-se em todos os cantos por aí: “lute como uma menina”. Porque as meninas lideraram a ocupação das escolas no ano passado em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade para todas e todos.

Essa luta não parou. Continua por mais espaços para a juventude. Com acesso à cultura, ao esporte, ao lazer. Sem medo de ser feliz, a juventude quer ter a sua voz, para defender os seus direitos, com respeito à suas necessidades e vontades.

E para atingir esse objetivo há necessidade de criação de políticas públicas fundamentais para a população mais jovem. Mais mulheres na política não é só uma bandeira, tornou-se um modo de vida das meninas que tomaram as ruas da maior metrópole da América do Sul para acabar com a cultura do estupro e exigir respeito à dignidade humana.

Hoje as meninas estudam mais, lutam mais, mas ainda ganham menos. A violência contra a mulher cresce ano a ano. Milhares de meninas são estupradas, muitas dentro de casa por pessoas muito próximas.

A nossa luta é para acabar com tudo isso. Muito importante para vencer essa barreira é levar o debate da questão de gênero nas escolas, sem medo e sem tabu. Debater as questões referentes à sexualidade de maneira transparente e sensata, com respeito à faixa etária de quem participa do debate. A escola faz um papel fundamental na formação das pessoas em nossa cidade.

Ocupar a cidade é derrubar as barreiras que nos dividem, é construir a cidade de São Paulo para todo mundo, e para cada um de nós!

Vimos nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, com é importante o esporte ser trabalhado nas escolas. Os países que fazem isso ganham medalhas e mais medalhas e no Brasil, querem acabar com os projetos que incentivam a prática esportiva e os estudos.

Fundamental a ocupação dos espaços públicos para a juventude se encontrar, trocar ideias, cantar, dançar, praticar esporte. Aprender a criar arte, como os grafiteiros de nossa cidade fazem com muita capacidade.

Queremos uma prefeitura que nos represente para deixarmos de ser apenas um rosto numa propaganda de refrigerantes e um rosto irreal, que não é a nossa cara. A cara da diversidade.
Queremos toda a nossa plenitude com liberdade, em paz e em segurança.

Angela Meyer foi presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas e liderou as ocupações de escolas contgra a reorganização do governador Alckmin. É dirigente da União da Juventude Socialista.

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