Síria: EUA preparam mais um crime de guerra no Oriente Médio

Publicado 29/08/2013
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) denuncia e condena com toda energia as intervenções militares criminosas anunciadas pelo imperialismo norte-americano, sem o respaldo da ONU e com apoio dos governos fantoches da Inglaterra e da França, contra a Síria. Para justificar o desrespeito ao direito do povo sírio à autodeterminação e levar à frente um novo ato de barbárie, Washington recorre à mentira descarada acusando sem provas o governo daquele país árabe de usar armas químicas.
A atual campanha internacional comandada pelo imperialismo, com o respaldo da mídia burguesa em todo o mundo, lembra as mentiras levantadas contra o Iraque no passado. Várias organizações, incluindo autoridades da ONU, estão chamando a atenção para a falta de credibilidade das acusações levantadas pelos EUA e seus aliados contra o governo sírio. Os EUA já estão agindo indiretamente no país, apoiando os rebeldes com armas, mercenários e forças especiais, que podem estar por detrás do uso de armas químicas. Sabe-se que já houve a apreensão de gás sarin pela polícia turca que estava em mãos de um grupo afiliado à Al-Qaeda que se dirigia à Síria para participar da luta contra o presidente Bashar Assad.
É preciso desmascarar o imperialismo e compreender as verdadeiras intenções do governo Obama e seus aliados no Oriente Médio e no mundo. O imperialismo quer ampliar o seu domínio e controle da região, que como se sabe é riquíssima em petróleo, daí as guerras contra o povo do Iraque, do Afeganistão, da Líbia, agora da Síria e no futuro do Irã e outros alvos. Cabe ressaltar a posição firme da Rússia contra os intentos belicistas do império, que podem abrir caminho a conflitos mais generalizados entre as nações e resultar numa tragédia humana de grandes dimensões.
Em nome da classe trabalhadora brasileira, a CTB manifesta enérgico repúdio à barbárie a que o imperialismo está condenando o Oriente Médio, expressa sua solidariedade ao povo e ao governo da Síria, vítimas da ganância das grandes potências capitalistas, e pede o respeito ao direito à autodeterminação dos povos, ao direito internacional e à Carta das Nações Unidas, ao diálogo, à negociação e à diplomacia na resolução dos conflitos entre as nações. Todos os povos e nações do mundo têm o direito de viver em paz e em democracia, a determinar o seu presente e futuro livres de quaisquer interferências e de acordo com as suas decisões soberanas.
Não à guerra, sim à paz entre os povos e as nações.
São Paulo, 29 de agosto de 2013
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)