A Avibras, indústria bélica reconhecida mundialmente pelos produtos e sistemas que desenvolve nas áreas aeronáutica, espacial, eletrônica, veicular e de defesa está sendo negociada com empresas da Alemanha (Rheinmetall) e Emirados Árabes (Edge Group).
A venda da principal fabricante de material bélico pesado do país representa grave ameaça à soberania nacional, com perigosa transferência de elevada tecnologia para capital privado internacional. Como forma de interromper esse processo, é necessário que o governo federal proíba a venda da Avibras.
O Brasil deve investir em alta tecnologia, e não abrir mão dela. É perigosa a transferência de tecnologia de Defesa para empresas estrangeiras. A capacidade de produção de armamentos e equipamentos do setor, como mísseis, lançadores de foguetes, veículos blindados, bombas inteligentes, sistemas de comunicação por satélite e Veículos Aéreos Não Tripulados devem ter o controle brasileiro.
Com a venda, a empresa compradora levaria para o seu país de origem essa alta tecnologia. Já o Brasil, se quiser manter seu programa de Defesa, seria obrigado a buscar ferramentas e equipamentos no exterior.
Diante desse quadro que se desenha, as centrais sindicais reivindicam a intervenção do governo federal no sentido de proibir a venda dessa indústria. Também é necessário defender o emprego dos 1,4 mil trabalhadores, assim como garantir o pagamento dos salários atrasados.
São Paulo, 11 de abril de 2023
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil);
Sergio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores);
Miguel Torres, presidente da Força Sindical;
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores);
Moacyr Roberto Tesch, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores);
Antônio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros);
Atenágoras Lopes, secretário executivo nacional da Central Sindical CSP-Conlutas;
Nilza Almeida, secretária-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora;
Emanuel Melato, coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora;
José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor