Chapa 2 faz panfletagem pela mudança no Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense

Volta Redonda foi agitada na manhã desta sexta-feira (3) pela panfletagem realizada por metalúrgicos que integram a Chapa 2, Hora da Mudança, apoiada pela CTB e CSC Conlutas, que concorre às eleições destinadas a renovar a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos, convocadas para os dias 26, 27 e 28 de julho.

A panfletagem ocorreu na praça Juarez Antunes, por onde transitam os operários e as operárias a caminho da empresa. A entidade é hoje dirigida por sindicalistas vinculados à Força Sindical e à CUT. que perderam a confiança da categoria, depois de tentar impor um acordo negociado com a empresa, reprovado pelos trabalhadores em três assembleias.

Metalúrgicos da Chapa 2 ao lado de dirigentes da CTB e Conlutas na Praça Juarez Antunes em Volta Redonda

A chapa é encabeçada pelo metalúrgico Edimar, da CSN, e tem na vice o operário Odair da Comissão. Edimar afirma que a atual diretoria, que está há três décadas à frente da entidade, é responsável por inúmeras perdas e retrocessos, entre os quais ele destaca o fim da jornada de 6 horas diárias, introdução do banco de horas e substituição de um plano de saúde nacional por um regional que, nas palavras dos operários, “não vale nada”,

“Chegou a Hora da Mudança”, declarou o candidato a presidente. “Nosso objetivo é, em primeiro lugar, devolver o Sindicato aos metalúrgicos e metalúrgicas, colocando-o a serviço da categoria, resgatar a democracia e a credibilidade da entidade. lutar para reconquistar o turno de seis horas, um plano de saúde decente, o pagamento das horas extras, a valorização dos salários e a dignidade da nossa classe trabalhadora.”

A situação, fruto de uma aliança entre Força Sindical e CUT, lançou a Chapa 1. Uma terceira chapa foi formada supostamente por dissidentes da própria CUT, mas lideranças da Chapa 2 afirmam que se trata de uma “chapa laranja” criada com o objetivo de confundir a categoria e dividir votos de oposição. A reprovação dos operários à conduta da direção do Sindicato é notória e parece inevitável que este sentimento influencie o resultado das urnas no final de julho.

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