A necropolítica ultraliberal imposta pelo governo Bolsonaro beneficia o topo da pirâmide social e empurra milhões de brasileiros para a miséria total. Em 2021, a proporção da população abaixo da linha da pobreza subiu 42,11%. Hoje 23 milhões de pessoas vivem na miséria.
É o nível mais alto da série histórica da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em apenas um ano (2020/2021), mais de 7,2 milhões de brasileiros entraram na parcela dos que vivem abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de R$ 210,00 por mês, cerca de R$ 7,00 por dia.
A crise sanitária não é a principal responsável pelo aumento da miséria no Brasil e os dados mostram. A renda dos 10% mais pobres já estava em queda antes da chegada da pandemia de Covid-19. Para se ter ideia, saiu de R$ 114,00 por pessoa em novembro de 2019 para apenas R$ 52,00 em março de 2020.
O cenário no Brasil é extremamente preocupante. Mais de 33 milhões de cidadãos passam fome e 125,2 milhões vivem em insegurança alimentar, quer dizer, não têm garantia de que vão conseguir fazer as três refeições básicas do dia.