Oficina do Congresso debate trabalho decente e erradicação do trabalho infantil

Trabalho infantil foi o tema de uma das oficinas realizadas ao final da plenária do segundo dia do 2º Congresso Nacional da CTB, contando com a presença do coordenador do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil, Renato Mendes, Isabel Rêgo,  coordenadora do Fórum Paulista de Erradicação do Trabalho Infantil, Sônia Latgê, Políticas Sociais e Previdência, Márcia Viotto, socióloga e assessora da CTB e Rogério Nunes, secretário de imprensa e Comunicação.

Em sua explanação, Mendes deu diversos exemplos de trabalho que prejudicam a vida das crianças, citando as atividades de contato com agrotóxico e tabaco até exploração para prostituição e tráfico. Em todas as situações, Renato destacou que sempre deve haver a consciência de que o limite para o trabalho infantil é a preservação da saúde e da vida da criança.

Para ele, não é possível expropriá-las do tempo de criança, de brincar e se divertir, pois é neste momento que a criança se desenvolve.

Neste contexto, Renato enfatizou a importância de o movimento sindical participar mais ativamente desta luta, priorizando estratégias para valorizar a qualidade da educação das crianças e, como consequência, contribuir com a formação de um Brasil mais justo.

Representantes do campo  e da cidade enfatizaram a importância da implementação de políticas públicas que garantiam educação de qualidade e opções de lazer para a criança e o adolescente. Outra necessidade discutida foi a da distribuição de renda para que as famílias encontrem condições de se sustentar sem contar com a mão de obra de infantil.

Isabel Rêgo revelou que a complexão é complexa por isso a necessidade de participar dos Fóruns de discussões nos Estados para que haja a interação e discussão com a sociedade. Ela revelou que o Fórum tem somado esforços com entidades voltados para promoção do trabalho descente e erradicação do trabalho infantil.

Preocupada com a questão, a OIT está promovendo uma agenda que vai desde o trabalho descente passando pelos problemas dos trabalhadores e aposentados, até a questão do meio ambiente.  Ele foi enfático ao afirmar que as pessoas precisam participar e motivar essa discussão dentro dos sindicatos, onde o tema é pouco promovido. E exigir que esse ponto, a proteção da criança e da família faça parte dos acordos coletivos fechados.

Sônia Latgê, que fechou os trabalhos, reafirmou o compromisso da secretaria com o tema e garantiu que será construída uma agenda nesse sentido, com planejamento e ações para o próximo ano. “Essa foi a CTB que a gente idealizou em 2007. Onde a participação da militância dentro dos sindicatos define a pauta de luta. A questão do trabalho digno e a proteção de nossas crianças e jovens é principal programático da central. E esse mandato que se inicia deve cumprir um papel no sentido de alimentar as ações políticas e as interlocuções de nossa Central com todas as esferas de controle social existente no nosso país”, finalizou a secretária de políticas sociais da central.

(Portal CTB – Fotos João Zinclar)
 

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