Encontro Sindical Nossa América debate emancipação dos trabalhadores no mundo

Na tarde desta terça-feira (20), o Encontro Sindical Nossa América (ESNA) reuniu em São Paulo sua coordenação para debater a nova conjuntura política da região, preparar ações para o Dia Continental de Luta proposto pela organização e também planejar o próximo encontro que será realizado na capital cubana.

Na véspera do seminário internacional “Panorama da Conjuntura Internacional: Análise da crise global, impactos e perspectivas – o papel do Brics”, que antecede o 3º Congresso Nacional da CTB, o ESNA fez um balanço das atividades realizadas desde a última reunião que ocorreu no México. 

Com representantes de diversos países, os sindicalistas compartilharam as experiências dos trabalhadores em seus Estados e também puderam contribuir com propostas para as próximas ações do ESNA, tendo em vista o próximo encontro a ser realizado em 2014. 

O coordenador-geral da organização, Juan Castillo, lembrou-se de fatos marcantes para toda a região como a morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que “lutou bravamente contra o imperialismo e pela integração latino-americana de maneira solidária” ele falou ainda sobre as ofensivas e tentativas de desestabilização na região e citou como exemplo os golpes no Paraguai (2012) e em Honduras (2009), e também o recente atentando contra o presidente boliviano, Evo Morales. 

Neste sentido o argentino Víctor Mendibil alertou para o aumento das bases militares estadunidenses espalhadas pela América Latina. Ele fez um chamado para o fim da ocupação no Haiti e pediu o fortalecimento de iniciativas como o Banco do Sul e da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba). 

Outro tema debatido durante a ocasião foi sobre os 10 anos de governos progressistas no Brasil e as manifestações populares que ocorreram em junho por todo o país, sobre o assunto o vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM) e um dos coordenadores do ESNA, João Batista Lemos, alertou que a mobilização não partiu dos movimentos sociais, sindicais e partidos políticos “foram convocadas pelas redes sociais e amplificadas pela mídia”. 

“Como construir no continente nossa mídia alternativa?” Questionou, o também secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB declarou que “achamos que o povo só foi para as ruas, porque havia contradições profundas” para ele apesar das melhorias que ocorreram durante os governos Lula e Dilma faltou fazer mudanças estruturais, Batista reforçou o apoio para a reforma política e destacou que o movimento sindical e os partidos precisam ser reformulados.

 Ele destacou a importância de espaços como o ESNA para promover ações conjuntas, e informou sobre a criação, no país, do Fórum Político Social, formado por centrais sindicais, partidos de esquerda, movimentos sociais, estudantis entre outros, que defende entre outras bandeiras a democratização dos meios de comunicação e a reforma política “É preciso construir alternativas para avanças nas mudanças e não termos retrocesso”, pontuou.

Na opinião do dirigente da executiva da CTB, Divanilton Pereira, vivemos uma nova conjuntura geopolítica e o BRICs é uma evidencia desta situação para ele diante deste contexto faz-se necessária a integração “nenhum projeto democrático e popular será exitoso de forma isolada”.

Durante a reunião foi levantada a necessidade de formação dos trabalhadores, e da divulgação das ações do ESNA, assim como o fortalecimento dos capítulos regionais da organização para a execução de ações continetais conjuntas. O seminário internacional começa nesta quarta (21) e ocorre até a quinta (22) no Anhembi, em São Paulo e é dirigido para convidados nacionais e internacionais. 

Érika Ceconi – Portal CTB

 

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