Entidades formam movimento em defesa da educação

A Contee, a Confedereção Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), sindicatos do setor e entidades estudantis se encontraram em Belo Horizonte (MG) nesta quinta-feira, 9, para debater a formação de um movimento em defesa da educação. “A educação está sendo duramente atacada pelo governo Bolsonaro, e temos que nos organizar para uma luta permanente em sua defesa. Nosso primeiro desafio é garantir o êxito da greve nacional dos trabalhadores no ensino no próximo dia 15”, considerou o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.

O Palácio do Planalto resolveu cortar 30% das verbas de todas universidades federais, sucateando-as e preparando o caminho da privatização. O investimento em educação no Brasil caiu 56% nos últimos quatro anos. Entre 2014 e 2018, diminuiu de R$ 11,3 bilhões para R$ 4,9 bilhões. Ao mesmo transforma os professores em inimigos público número 1 dos cidadãos brasileiros, mandando filmá-los e denunciá-los como doutrinadores quando ministram suas aulas. Mesmo sem ter sido aprovado, o projeto Escola sem Partido já acontece na prática. Bolsonaro chegou a publicar em seu Twitter o vídeo em que uma estudante instiga uma professora de cursinho a criticar Olavo de Carvalho. A autora do vídeo, Tamires de Souza Costa de Paula, é secretária-geral do PSL em Itapeva (SP) e registrou candidatura a deputada estadual pelo partido em 2018. Ao mesmo tempo, Bolsonaro investe contra a aposentadoria dos professores e demais trabalhadores da educação, cortando direitos, aumentando a idade e o tempo de contribuição e preparando a privatização da Previdência.

“A dimensão dos ataques à educação e à cultura e aos direitos do povo exigem resposta enérgica. É preciso ir às ruas, divulgar os motivos da nossa greve do dia 15 e preparar a greve geral de 14 de junho. Para isso é fundamental o fortalecimento dos sindicatos e das entidades populares e a formação de fóruns em defesa da educação em todos os municípios e estados. Estamos empenhados nisso e nas manifestações contra os projetos antipovo de Bolsonaro. Às ruas”, conclama o coordenador-geral da Contee.

Estiveram presentes representações das seguintes entidades: Fitee; CTB; Sinprominas: UJS; SINDUTE; SindRede; ADPUC; Contee; JSB/PSB ; DCE-UFMG.

Justificativas de ausência: Saaemg, Sindifes, Apub, Fasubra.

Todas essas entidades, presentes e ausentes, estão na articulação. 

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