A saída é o socialismo e ações unitárias contra as ofensivas do capitalismo

destacou o papel da Central e entidades na luta pelos direitos dos trabalhadores ao lado do governo, mas sempre com vistas à construção de um plano de desenvolvimento com valorização do trabalho.

Joílson Cardoso abre as intervenções

Apoio aos governos progressistas

“Existe uma crise sistêmica, que não é uma crise financeira. É uma crise profunda do capitalismo e não é justo depositá-la nos ombros dos trabalhadores. Ela é fruto do velho, desgastado e injusto sistema capitalista. Nessa realidade, aqueles que apregoavam o discurso, que há algumas décadas permeou o mundo, condenando o Estado ao a um estado mínimo, os grandes defensores da mão invisível do estado, estão calados. Seus signatários não se manifestam, mas nós os identificamos. Identificamos também o círculo americano armado na América Latina pelo imperialismo. Diante de um cenário obscuro como esse, nos resta uma ação unitária da classe trabalhadora contra o império e o cerco militar que visa manter o domínio geopolítico.

Durante sua fala o dirigente sindical destacou que, nesse momento, no qual vários lideres progressistas se encontram no comando das nações latino americanas, temos aqui no Brasil um líder que já foi um operário, um sindicalista.  “Defendemos esse governo, mas não vamos nos furtar a apontar suas falhas e pontos a serem melhorados. Concordamos com medidas tomadas diante da crise e também defendemos a redução da jornada de trabalho com a abertura de mais de 2 milhões de empregos”.

Salvador Valdez, presidente da Central dos Trabalhadores de Cuba

Prestigiando o debate, Salvador Valdez, presidente da CTC (Central dos Trabalhadores de Cuba), parabenizou a CTB pela realização do seu 2º Congresso e reforçou a necessidade de um projeto de integração dos povos do continente e a unidade da classe trabalhadora. “Continuamos firmes e comprometidos com o povo cubano. Não estamos dispostos a renunciar às conquistas. A CTB e os trabalhadores brasileiros podem contar com a CTC e com o povo cubano para continuar esse luta”, concluiu Valdez sob aplausos do plenário.

Defesa do patrimônio nacional

Outra preocupação clara durante as intervenções foi a questão da camada pré-sal, que tem feito parte de diversos debates promovidas pela sociedade organizada e entidades dos movimentos sociais.

Dalva Leite, secretária de discriminação racial da CTB, em sua intervenção destacou essa preocupação com a soberania nacional e a questão da exploração da camada pré-sal, alvo daqueles que  preferem priorizar o lucro abrindo espaço ao capital estrangeiro em detrimento do benefício da população.

Raquel Guisoni reafirma a disposição de luta das mulheres por um novo projeto de desenvolvimento

Para Raquel Guisoni, secretária das relações de gênero da CNTE (Confederação Nacional dos  Trabalhadores na Educação ) e diretora da CTB Santa Catarina, o Brasil hoje passa por um processo  de transformação mas precisa continuar avançando. O movimento sindical não pode estar apenas envolvido com questões que dizem respeito ao mundo do trabalho. O sindicalismo tem que ter participação na vida política do país.

“Queremos dar continuidade ao trabalho que fizemos durante os dois mandatos do governo Lula, precisamos fazer avançar esse projeto. Discutimos aqui qual projeto de desenvolvimento que desejamos para esse país e para os trabalhadores. Não aceitaremos o retrocesso. Vamos voltar nossos esforços para os avanços que aprofundem as mudanças deste país. Nós mulheres somos as primeiras nas fileiras da luta e da resistência e estaremos ao lado dos homens para construir a transformação que esse país precisa”, finalizou Guisoni.

Reforma agrária já

A situação dos trabalhadores campesinos também uma das prioridades abordadas durante o debate. Vilson Luiz da Silva, tesoureiro da CTB e presidente da Fetaemg (Federação dos Trabalhadores em Agricultura de Minas gerais), demonstrou sua preocupação com a situação no campo.

“Os trabalhadores rurais precisam dos trabalhadores urbanos e vice e versa. A questão da agricultura familiar: não basta ter dinheiro, ter terra, ter assistência técnica. Precisamos discutir a questão da reforma agrária. Precisamos do apoio dos trabalhadores da cidade, assim como eles necessitam da produção do campo para se alimentar”, argumentou o tesoureiro da CTB.

Plenário lotado no segundo dia do Congresso

Portal CTB (Fotos: João Zinclar)

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