A manifestação em defesa da educação e contra a reforma da Previdência na Avenida Paulista

Professores, estudantes e sindicalistas concentrados diante do Masp, na Avenida Paulista

Professores, estudantes e representantes de centrais sindicais realizaram na tarde desta terça-feira (13), na Avenida Paulista, região central de São Paulo, um ato contra os cortes da educação e contra a reforma da Previdência. Manifestações do gênero ocorreram em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

Os protestos foram convocados por entidades sindicais e estudantis. Há cartazes de diversos sindicatos de professores, como a Apeoesp e o Sinpeem, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Os manifestantes se reuniram no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Às 16h, eles fecharam a pista da Avenida Paulista no sentido Consolação em frente ao Masp. Depois, o sentido contrário, Paraíso, foi bloqueado.

A pauta contra a reforma da Previdência tem sido recorrente em atos que envolvem críticas ao governo federal. A proposta de emenda à Constituição que altera as regras da Previdência e impõe grande retrocesso nas aposentadorias foi enviada pelo Executivo ao Congresso, já foi aprovada em dois turnos na Câmara e agora tramita no Senado.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, comentou que o Brasil “vive um retrocesso sem paralelo em sua história, um momento obscuro em que os direitos sociais, a soberania nacional, a educação pública e a democracia estão sob ataque cerrado das forças de extrema direita. Ocupamos as ruas para protestar contra esta barbárie, lutamos por um país livre, justo e democrático”.

O coordenador do Movimento dos Tralhadores Sem Teto (MTST), Josué Rocha, afirmou que a reforma da Previdência e os cortes na educação são “ataques aos direitos sociais”.

“Nós entendemos que essas medidas do governo Bolsonaro reforçando a reforma da Previdência e fazendo cortes na educação são ataques aos direitos sociais. A reforma da Previdência mexe em direitos como a pensão e a aposentadoria por invalidez, o que na prática vai restringir a possibilidade dos trabalhadores mais pobres de se aposentar. É por isso que a gente se colocou contra desde o começo. Infelizmente a reforma já passou na Câmara mas está indo pro Senado e a gente vai continuar na rua durante todo o processo”, disse.

Para a professora aposentada Ana Rossi, 59 anos, o governo federal retira investimento da educação. “Esse governo está atacando demais a educação. Todos os países que a gente conhece no mundo quando querem se reerguer eles investem forte em educação. E aqui eles alegam que nosso país está ruim e eles têm que tirar da educação. Eu aposentei esse ano, já dei aula na rede particular, municipal e estadual. O cargo público é considerado um cargo de luxo porque tem uma aposentadoria diferenciado só que ninguém conta que, no começo, a gente ganha abaixo do mercado, a gente aguenta falta de estrutura, excesso de aluno em sala de aula.”

Da Redação, com informações do G1