Um final de semana amargo para Jair Bolsonaro

Tivemos um final de semana de boas notícias para as forças democráticas da América Latina e do mundo, embora frustrante para o presidente Jair Bolsonaro e outros próceres da extrema direita. Na noite de sábado foi confirmada a vitória do candidato democrata à Presidência, Joe Biden.

Já o domingo está sendo marcado pela posse do novo presidente da Bolívia, Luiz Arce, eleito pelo Movimento Ao Socialismo, o MAS, partido de Evo Morales que acaba de derrotar o golpe de Estado desfechado em novembro de 2019. A cerimônia de posse teve início às 10 horas.

São dois fatos que configuram amargas derrotas para o presidente brasileiro. Bolsonaro fez declarações públicas de amor a Trump e nunca ocultou sua paixão e apoio ao ídolo. Seu ministro no Itamaraty, Ernesto Araújo, um personagem alucinado por teorias da conspiração, é um entusiasta do trumpismo.

Quanto à Bolívia, o chefe da extrema direita brasileira é acusado pelo ex-presidente Morales de participação no golpe que sofreu em 11 de novembro de 2019. Bolsonaro fez um serviço sujo, na contramão do Artigo 4º da Constituição brasileira, a mando dos Estados Unidos, que na verdade foram os principais autores da investida antidemocrática contra o líder indígena.

Evo Morales, por sinal, está de malas prontas para voltar à Bolívia, onde o povo conseguiu restaurar a democracia ao conceder nas urnas uma vitória incontestável e consagradora ao Movimento Ao Socialismo (MAS). Seu retorno, triunfal, será acompanhado de uma grande carreata.

O ex-presidente deve deixar a Argentina nesta segunda-feira, 9. “O povo boliviano não abandonou a revolução democrática popular, mas também não me abandonou”, comentou Morales, numa alusão de que a vitória do seu candidato foi um voto nele.

A política desastrosa de Jair Bolsonaro não está em sintonia com os interesses nacionais, a Constituição brasileira ou mesmo o sentido objetivo da história.

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