Trabalhadores tomam as ruas em mais um dia de protesto na Turquia

Centrais sindicais da Turquia convocaram para esta quinta-feira (5) um dia de paralisações. Os manifestantes querem a renúncia do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. Milhares de pessoas responderam ao chamado, em diferentes cidades do país.

A greve foi convocada pelas confederações dos Sindicatos dos Trabalhadores Públicos (Kesk) e dos Sindicatos Revolucionários de Trabalhadores (Disk), pela Ordem dos Médicos da Turquia (TTB) e pela União das Ordens de Engenheiros e Arquitetos (Tmmob).

Em Istambul, os manifestantes se reuniram durante a tarde na praça Taksim, coração dos protestos que agitam a Turquia, gritando “Taksim, resiste, os trabalhadores chegam” e “Tayyip, os saqueadores estão aqui!”.

O clima de tensão permanece no país, com a pressão dos manifestantes para que o governo demita os chefes da polícia de Ancara, a capital, de Istambul, Tunceli e Hatay, nas quais houve protestos e embates. O apelo foi feito ao vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinç. Desde o último dia 31, há protestos violentos no país em decorrência de divergências entre os manifestantes e as políticas adotadas pelo governo.

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Na madrugada, houve conflitos entre manifestantes e policiais em Ancara, Istambul, Tunceli e Hatay. Nos confrontos com a polícia, os agentes de segurança usaram gás lacrimogêneo e bombas de água contra os manifestantes.

Em declaração conjunta, as entidades defendem a preservação do Parque Gezi, em Istambul, onde começaram os protestos devido à retirada forçada de pessoas que estavam no local, e a construção de um centro comercial na região. Os manifestantes também querem a suspensão do uso de gás de pimenta, a investigação e atuação sobre os responsáveis pelas repressões mais violentas.

Com informações da Agência Lusa


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