Trabalhadores peruanos fazem greve nacional

Os sindicatos das 19 regiões do Peru, filiados à Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru (CGTP), sairão pelas principais ruas do país nesta quinta-feira (26) para a greve nacional de 24 horas.  

As reivindicações da greve incluem 34 demandas, entre elas o aumento geral dos salários, especialmente dos professores, policiais  e trabalhadores da saúde. 

O secretário-geral da CGTP, Mario Huamán, afirmou que o protesto tem a finalidade de “exigir ao presidente, Ollanta Humala, a solução dos diversos problemas sociais e trabalhistas dos peruanos.    

“Há dois anos de seu governo, mais de três mil trabalhadores foram despedidos por motivos sindicais, o congelamento dos salários impediu a recuperação da capacidade aquisitiva das famílias que, como destacam os indicadores econômicos, apesar do crescimento, os salários e as pensões continuam sendo os mais baixos da regiões”. 

Denunciou além disso que “se mantém a estrutura trabalhista fujimorista que se baseavam no incremento dos lucros empresariais através do barateamento da mão de obra”. 

Entre os pedidos que aclamam se encontra a revogação da Lei de Serviço Civil, que Huamán considera inconstitucional. A mencionada norma está orientada para que os servidores do Estado “alcancem maiores níveis de eficiência e prestem serviços de qualidade, enquanto promove “o desenvolvimento das pessoas” que trabalham nas entidades do Estado.  

A CGTP denuncia que a lei viola os direitos de sindicalização e negociação coletiva, recorta benefícios como a estabilidade trabalhista e abre caminho às demissões massivas. 

Na manifestação também reivindicarão a lei de contribuição dos trabalhadores independentes para o Sistema Privado de Pensões (SPP) e ao Sistema Nacional de Pensões (SNP), que tem sido questionada por sua aprovação. 

Solicitam a renuncia do ministro de Economia e Finanças, Luis Miguel Castilla e também a melhora dos salários e pensões dos peruanos e a massificação do gás e tornar realidade o pólo petroquímico. 

Sobre o assunto a ministra de Trabalho e Promoção do Emprego, Nancy Laos Cáceres negou que o dispositivo tenha caráter inconstitucional, posto que, disse, o Estado Peruano não assinou o Convenio 154 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que fomenta o direito à negociação coletiva.  

Fonte: TeleSUR

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