Em greve há 17 dias, trabalhadores colombianos promovem panelaço

Diversas organizações sociais se mobilizarão nesta quarta-feira (4) em Bogotá em apoio à Greve Nacional na Colômbia, liderada por vários setores que manifestaram-se contra as políticas neoliberais do governo de Juan Manuel Santos. 

Está previsto um panelaço em diversas cidades do país em apoio a greve, após 17 dias de intensos protestos e apesar da assinatura de acordos parciais em Tunja com produtores agrícolas dos departamentos de  Boyacá, Cundinamarca e Nariño, a paralisação nacional continua. 

Apesar das estradas terem sido bloqueadas de maneira intermitente em alguns estados em  Caquetá, Cauca, Huila, Putumayo e Valle del Cauca a situação é complexa e os enfrentamentos entre a população e a polícia não cederam.

Através de um comunicado, o Conselho Regional de Cauca (CRIC), denunciou as políticas neoliberais que “afetam gravemente a soberania alimentar do país, pequenos e médios produtores do campo, o emprego e a produção nacional e levado para a crise agrária”, aponta o documento. 

Os movimentos indígenas também reiteraram seu rechaço à assinatura de Tratados de Livre Comércio (TLCs), o código mineiro, a lei florestal, a lei sobre a penalização da comercialização das sementes  não certificadas, entre outros que são os responsáveis diretos pela crise do campo colombiano. 

As manifestações deixaram um saldo de 303 feridos, 11 deles com armas de fogo, 247 detenções arbitrárias e nove mortos, de acordo com os dados divulgados pela Mesa Agropecuária e Popular de Interlocução e Acordo. 

O pedido coletivo dos trabalhadores, camponeses, estudantes, médicos, mineradores, professores é de caráter indefinido e busca rechaçar as políticas contra a população que limitam direitos, privatizam instituições e entregam os recursos naturais para as transnacionais, prejudicando a classe trabalhadora.  

Além disso, os pequenos agricultores buscam garantias para o acesso à propriedade da terra, a construção de zonas de reserva camponesa, uma política favorável aos mineiros artesanais e a melhora nas zonas rurais, especialmente na saúde e acesso à água potável.  

Fonte: TeleSUR

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