Sob orientação de Arias, Congresso avalia possibilidade de anistia a Zelaya

O Congresso de Honduras está, desde as 14 horas local (17 h de Brasília), debatendo sobre uma resolução que poderá conceder anistia ao presidente deposto, Manuel Zelaya. A medida é um dos pontos propostos pelo mandatário da Costa Rica, Óscar Arias, para superar a crise política hondurenha.

Desde sua deposição e expulsão da nação, no último dia 28, o presidente constitucional sofre o risco de prisão caso tente ingressar em Honduras. Na última sexta, Zelaya entrou no país através da fronteira com a Nicarágua, mas voltou ao país vizinho no mesmo dia.

Segundo o presidente do Congresso, Alfredo Saavedra, os 128 deputados realizarão um "estudo jurídico do ponto de vista constitucional para ver a procedência ou não procedência" de anistia para Zelaya. "Em qualquer caso, essa decisão vai ao pleno nesta segunda", destacou, como informou a EuroPress.

Antes da sessão, cada um dos cinco partidos políticos com representação no Congresso fez uma reunião em separado. O objetivo foi o de definir a postura dos partidos sobre o assunto.

Na semana passada, Arias apresentou o Acordo de São José aos representantes de Zelaya e do presidente interino, Roberto Micheletti. O mandatário deposto considerou como um fracasso os resultados das medidas de Arias, já que Micheletti rechaçou a proposta de restituir o presidente constitucional.

O Acordo de São José estabelece que uma eventual anistia será "exclusivamente para os delitos políticos cometidos por ocasião deste conflito, antes e depois do dia 28 de junho de 2009".

"Não há negociações com os golpistas, não há!", garantiu Zelaya, em entrevista coletiva na noite deste domingo em Ocotal, nas proximidades da fronteira entre Nicarágua e Honduras. Zelaya informou que vai organizar na cidade uma frente cívica de resistência contra o golpe.

Zelaya ainda afirmou que o presidente Barack Obama usou diretamente o termo "golpe de Estado". "Sinto que a sua posição é firme", afirmou. No entanto, a posição da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, "a princípio foi firme; agora sinto que já não está realmente denunciando, nem está atuando contra a repressão que está sofrendo Honduras", avaliou.  

Portal CTB com Agência Adital

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