O Senado francês aprovou, na última terça-feira (28), uma versão mais dura do polêmico projeto de reforma trabalhista proposto pelo governo de François Hollande que dá mais poder à figura patronal em detrimento dos trabalhadores.
Leia também: Franceses voltam às ruas contra reforma trabalhista
Com 185 votos a favor e 156 contra, o novo texto aprovado suprime o limite legal da jornada de 35 horas semanais para 39 se houver acordo em cada empresa. A lei deve retornar, na próxima terça (5/7), para a Assembleia Nacional, instância que tem a maioria de esquerda e a última palavra em matéria legislativa.
O projeto, conhecido como Lei El-Khomri, em alusão à ministra do Trabalho Myriam el-Khomri, contou, no Senado, com o apoio do partido republicano, liderado pelo ex-presidente Nicolás Sarkozy e a oposição dos socialistas e seus aliados.
O mandatário François Hollande reiterou que chegará até o fim na reforma que o governo considera “necessária, vital” para o país. No entanto, sindicatos e organizações sociais exigem a retirada do projeto, principalmente a anulação do artigo segundo, pois com ele os acordos em cada empresa terão mais força legal que os setoriais.
Enquanto o Senado votava, pelo menos 55 mil pessoas se manifestaram contra o projeto na praça da Bastilha e foram duramente reprimidas pela polícia. Segundo as agências de notícias internacionais cerca de 30 pessoas foram presas.
Com agências