Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba prossegue até sábado em Santos

Está sendo realizado em Santos a XXIV Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, que compreende a programação de uma semana de atividades, iniciada na segunda (17). Nesta quarta-feira (19) ocorrerá uma reunião com estudantes, na quinta (20) será aberto um seminário na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que debaterá vários temas relacionados principalmente à conjuntura política e econômica da América Latina e prosseguirá até o sábado (22).

A convenção é organizada de dois em dois anos por dezenas de entidades que promovem atividades de solidariedade à Ilha Socialista. Desta vez são mais de 37 organizações de todo o país envolvidas. O evento acontece numa conjuntura marcada por uma feroz ofensiva imperialista, liderada pelos EUA, que neste momento submetem o povo cubano a um bloqueio econômico que está sendo considerado por lideranças do país como o mais sério e duro em 60 anos de revolução.

Debater os efeitos e consequências da Revolução Cubana em setores como Saúde, Educação e Esporte é um dos objetivos da XXIV Convenção. A Associação Cultural José Martí – Baixada Santista – é a principal promotora do encontro, que vai explorar o tema “Revolução Cubana – 60 Anos: Conquistas e Desafios”. Na convenção, realizada na sede do Sindicato dos Petroleiros, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na associação, também serão discutidos o fim do bloqueio econômico a Cuba e a devolução da Base Militar de Guantánamo.

Durante o fórum, analistas e autoridades cubanas debaterão inúmeros assuntos relacionados à Ilha: Solidariedade Internacionalista; Situação política da América Latina; Ofensiva imperialista; Movimentos revolucionários e progressistas da AL; Atualidade – 60 Anos da Revolução – Nova Constituição e Juventude; Ciência e Tecnologia; Educação e Saúde – Formação de uma sociedade mais justa; Gênero; Política – Bloqueio econômico e guerra midiática.

Convidados

Para debater estes e outros temas foram convidadas as cubanas Yenisey Cruz Carreno, deputada da Assembleia Nacional do poder popular e segunda secretária da Juventude Comunista Cubana; Naomi Rabaza, vice-presidente do Instituto Cubano de Amizades entre os Povos (ICAP); e Yarisledis Medina, também do ICAP.

Participarão, ainda, os diplomatas Pedro Monzon Baratá, cônsul-geral de Cuba; Antônio Mata, cônsul cubano de imprensa; e Rolando Gomez Gonzáles, embaixador de Cuba no Brasil. O venezuelano Yhonny Gárcia Calles, coordenador do Movimento de Amizade e Solidariedade a Cuba da Venezuela, é outro integrante das mesas de debates.

Além dos convidados internacionais, estarão presentes a historiadora Anita Leocádia Prestes e os professores doutores Angélica Lovatto e Nildo Ouriques.

Atividades culturais

As mesas de debates não serão as únicas atrações da Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba. Estão programadas atividades culturais, com shows musicais de artistas cubanos e brasileiros, livraria e a II Feira da Reforma Agrária da Baixada Santista.

Visita à CTB

Nesta terça-feira (18) o cônsul geral de Cuba, embaixador Pedro Monzón, visitou a sede nacional da CTB, onde se reuniu com dirigentes da Central, que em nome da classe trabalhadora brasileira manifestaram irrestrita solidariedade ao país e à revolução, que neste momento enfrentam um cerco econômico inédito imposto pelo governo Trump. Também estiveram presentes a vice-presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Noemi R. Rabaze Fernández, e o diplomata Antonio Mata Salas.

O cerco a Cuba não é um acontecimento isolado no continente, é parte do contra ataque do império contra os governos democráticos e progressistas da região, que estava a caminho de um novo arranjo político com a criação da Unasul e da Celac, mas no momento está às voltas com os ventos do retrocesso. As agressões contra a Ilha Socialista tem forte parentesco com o golpe de 2016 no Brasil, a guerra econômica e midiática contra a Venezuela, a prisão de Lula, a eleição de Bolsonaro e outros acontecimentos do gênero.

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