O Ministro da Economia e do Emprego de Portugal, Álvaro Santos Pereira, confirmou na semana passada a eliminação de quatro feriados do país (dois civis e dois religiosos), em uma tentativa de estimular a economia nacional. Para a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, a medida é tão-somente um instrumento para aumentar o trabalho gratuito e a carga horária.
“A retirada dos feriados não contribui em nada para o desenvolvimento do país. O que os trabalhadores vão dar a mais vai contribuir apenas para aumentar o lucro das entidades patronais”, disse o dirigente da CGTP Arménio Carlos.
Os quatro feriados que os portugueses verão reduzidos são o de Corpo de Deus em junho (feriado móvel), 15 de agosto, 05 de outubro e 01 de dezembro. A CGTP considera que estes feriados não deviam ser retirados do calendário porque representam momentos muito significativos da história portuguesa.
Até mesmo parte da imprensa portuguesa tem criticado a medida. O jornalista Artur Coimbra afirmou, no “Correio do Minho”, que “o governo fez mais uma vontade aos patrões, inventando mais um instrumento para aumentar o trabalho gratuito e reforçar o horário de trabalho”. Disse ainda que “o governo optou, como sempre tem feito, sistematicamente em prejuízo dos trabalhadores e em benefício do empresariado, para satisfazer interesses estranhos aos portugueses, por maximizar os sacrifícios”.
A CGTP foi a uma central sindical do país a não corroborar a medida do governo. “Eliminar os feriados, definitivamente, não resolve nossos problemas”, defende a entidade.
Portal CTB, com agências