“Vamos ajudar Morales e Bolívia”, diz secretário-geral da OEA

Insulza, que chegou a Santiago para participar da reunião de cúpula extraordinária da Unasul, marcada para as 15h30 locais (16h30, horário de Brasília), disse também não acreditar em "intervenções", mas sim "em soluções".

"De nenhuma maneira vamos nos intrometer na situação interna" da Bolívia, garantiu o secretário da OEA esclarecendo que a missão liderada por esse órgão na Bolívia se dedica a acompanhar o processo desenvolvido no país.

"Eu não acredito que as forças sequer sejam enviadas, coisa que a OEA não está em condições de fazer e não faria, pelo menos durante o meu mandato, de forma alguma", afirmou.

Insulza enfatizou que é importante se discutir a principal crise enfrentada no país, cujos protagonistas são "o governo, as forças políticas e o povo boliviano".

Por sua parte, o presidente paraguaio — que também viajou esta manhã a Santiago — disse que a situação na Bolívia "é uma preocupação para toda a região". Por isso, considerou importante o encontro da Unasul, pois, "é de grande importância ouvir todas as opiniões que possam contribuir para a pacificação desse país".

Além de Insulza e Lugo, também confirmaram presença no encontro os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela), Álvaro Uribe (Colômbia), Rafael Correa (Equador), além da presidente pro tempore do bloco, Michelle Bachelet (Chile) e Evo Morales (Bolívia).

Bachelet convocou a reunião de emergência no último sábado "para analisar como a Unasul pode tomar uma atitude positiva, construtiva, que permita aproximar as partes e buscar apoiar os esforços do povo boliviano, do governo boliviano, para garantir o processo democrático, a estabilidade e a paz na Bolívia", afirmou.

Esta será a primeira reunião de cúpula convocada em caráter de urgência pelo bloco sul-americano — integrado por 12 países da região — e que discutirá a crise separatista na Bolívia, intensificada na última quinta-feira com os confrontos entre governistas e opositores no departamento amazônico de Pando, que faz fronteira com o Brasil. Segundo fontes oficiais bolivianas, cerca de 30 pessoas morreram nesse incidente. (ANSA)

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