Presidência do Parlasul manifesta preocupação com radicalização do processo político boliviano

No comunicado, Dr. Rosinha observa que, mesmo após os recentes referendos revogatórios realizados em todos os departamentos da Bolívia, "que conferiram renovada e sólida legitimidade aos governantes e que transcorreram num clima de mais absoluta normalidade", a tensão naquele país "não dá mostras de arrefecer". Ao contrário, destaca, há uma crescente radicalização do processo político boliviano "que pode ter conseqüências imprevisíveis".

Para o presidente do Parlamento do Mercosul, "a não-aceitação de legítimos resultados eleitorais, a recusa ao diálogo, a obstrução de estradas, certos discursos pró-separatismo e a ameaça da ocupação de campos de gás, com o intuito de impedir a exportação para Estados Partes do Mercosul, conformam um quadro instável que repercute negativamente no Mercado Comum do Sul".

Ainda no texto, a Presidência do Parlamento do Mercosul apela a todas as forças políticas bolivianas para que aproveitem o novo quadro político criado pelos referendos revogatórios e estabeleçam um diálogo de alto nível, a ser conduzido de modo a pacificar as disputas políticas que ocorrem naquele país e assegurar o desenvolvimento econômico e social e a imprescindível unidade territorial da Bolívia. 

Dr. Rosinha lembra ainda que a Bolívia, Estado Associado do Mercosul, é signatário do Protocolo de Ushuaia, "que consagrou a cláusula democrática do bloco".

Agência Senado

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