PAME sai às ruas na Grécia contra política de ajustes do governo

Manifestantes do PAME (Frente Militante de Todos os Trabalhadores, na sigla em grego), entidade filiada à Federação Sindical Mundial (FSM), saíram às ruas nesta sexta-feira (3), em Atenas, para protestar contra a política de ajustes do governo, que insiste em penalizar a população no combate à crise financeira que assola o país.

Os trabalhadores ocuparam simbolicamente a sede do Ministério Nacional de Finanças, chamando toda a população a se manifestar e se organizar contra as medidas antipopulares do governo grego.

Cerca de 100 manifestantes bloquearam a entrada do edifício e penduraram no telhado uma bandeira gigante, contra o reforço das medidas de austeridade.

O protesto ocorre depois de ter sido convocada para 15 de Junho a terceira greve geral na Grécia neste ano, contra as medidas de austeridade impostas ao país desde maio de 2010, em troca de um empréstimo internacional cedido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Comissão Europeia (CE).

Sob o lema “Não vendemos, não estamos à venda”, a greve geral de 15 de junho vai incluir desfiles de protesto nas principais cidades do país.

Pacotão

Nesta semana, representantes do governo sinalizaram o comprometimento com uma estratégia fiscal de médio prazo, em consonância às imposições do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do mercado financeiro.

Segundo o governo, as medidas incluem “uma redução significativa do emprego no setor público, a reestruturação ou fechamento de entidades públicas e racionalização dos benefícios, protegendo, ao mesmo tempo, grupos vulneráveis”. Além disso, também se fechou um compromisso no sentido de acelerar as privatizações no país, outra “exigência” do FMI e da União Europeia.

Solidariedade

Para a CTB, os trabalhadores gregos continuam dando um exemplo de luta e mobilização, ao se negarem a pagar a conta de uma crise cujos culpados são os mesmos que agora fazem exigências aos países em dificuldade.

A CTB se soma às demais entidades classistas ao redor do planeta, solidarizando-se ao PAME e a toda classe trabalhadora da Grécia, na certeza de que sua luta impedirá os retrocessos que tentam ser impostos a diversas nações que passam por dificuldades.

Com agências

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