“A Rússia vende armas à Síria, temos fortes laços econômicos com a Síria, que é nosso parceiro estratégico, disse nesta sexta-feira (6) o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em seu discurso de encerramento da cúpula do G-20, realizada em São Petersburgo, antiga Leningrado.
O presidente Putin reiterou também que “o uso da força contra um Estado soberano” só é aceitável quando se trata de autodefesa ou quando há uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, e “a Síria não está agredindo ninguém”. O conflito no país árabe, assim como tudo o que se refere ao Oriente Médio, repercute também na economia mundial, assinalou o mandatário.
Os participantes da cúpula do G-20 abordaram uma série de assuntos importantes para a economia global. Igualmente, trataram o tema que atualmente concentra a atenção de toda a comunidade internacional: a situação na Síria.
A maioria dos mandatários do G-20, encabeçados pelo presidente russo, Vladimir Putin, tentou durante a reunião do G-20 fazer com que Barack Obama recuasse em sua decisão de levar a cabo uma intervenção militar na Síria.
A preocupação cresce entre os chefes de governo diante de uma ação militar unilateral por parte dos Estados Unidos, com imprevisíveis consequências.
Obama se encontra em uma situação delicada ao pedir autorização dos legisladores de seu país para uma intervenção que foi rechaçada principalmente pela Rússia, China, Alemanha e inclusive o Parlamento do Reino Unido.
Nesta situação, os Estados Unidos contam apenas com o apoio do presidente francês, François Hollande, que considera que a intervenção militar é a única solução para a crise da Síria.
A situação no país árabe não estava na agenda do G-20, mas se transformou no tema central da discussão durante o jantar de trabalho da quinta-feira, por proposta do presidente russo, Vladimir Putin, a pedido de vários mandatários.
Os Estados Unidos e alguns de seus aliados ocidentais e regionais, que depois de mais de dois anos de apoio aos grupos terroristas na Síria não conseguiram derrubar o presidente Bashar al-Assad, pretendem justificar uma intervenção militar no país árabe, acusando o governo de Damasco de ter ordenado um ataque químico.
Por sua parte, o governo sírio rechaçou estas acusações, além de expressar sua disposição de defender seu território de qualquer agressão.