Movimentos sociais reivindicam a volta de Manuel Zenaya em Honduras

Os soldados das Forças Armadas e da Polícia Nacional reprimem as manifestações com armas e bombas lacrimogêneas, segundo os relatos dos manifestantes. Na tarde de hoje, a Via Campesina, capítulo Honduras, denunciou que muitos trabalhadores e trabalhadoras estariam sendo forçados (as) a participar de atos a favor do golpe, sob ameaça de perderem seus empregos.

De acordo com a Via, o grupo denominado "Em Defesa da Democracia", bancado pelo governo golpista, estaria convocando os trabalhadores, forçando-os a participar de uma atividade pró-Golpe no Parque Nacional.

A orientação da Via Campesina, que participa das assembléias contra o golpe, é que todas as manifestações sejam pacíficas, mas que não abrirão mão de exigir o cumprimento do Estado de Direito e não aceitarão nenhuma forma de repressão. Em cartazes, pedem pela volta de Zelaya e pelo respeito ao povo hondurenho.

"Chamamos a todo o movimento camponês internacional e movimentos sociais do mundo a dar sua solidariedade fazendo ações de repúdio em seus diferentes países, já que o povo hondurenho não está disposto a aceitar esse governo golpista", convoca.

A Via denuncia ainda a participação dos grandes meios de comunicação em desinformar a população do país. "Televicentro, Emissoras Unidas, Radio América, Rádio HRN…estão tratando de mentir, dizendo ao povo em geral que não está acontecendo nada no país, tiraram do ar as rádios e canais de televisão para que o povo não se dê conta do que está ocorrendo".

Ainda ontem (29), as equipes do canal TeleSul e da AP, que faziam a cobertura do Golpe, foram detidas por militares. O cerco à mídia que não apoiou o golpe foi fechado. O cenário, segundo a TeleSur, é de perseguição à jornalistas, bloqueios de conexão por internet, e fechamento de rádios.

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