Mídia ocidental mascara a guerra por procuração dos EUA satanizando a Rússia, denuncia militar estadunidense

Entre as mentiras reiteradamente difundidas pelos grandes meios de comunicação do Ocidente destaca-se a “informação”, destituída de provas, de que a Rússia usou armas químicas em Alepo durante a guerra na Síria. Quem aponta os Fake News e desnuda o modus operandi do imperialismo, em conluio com a mídia ocidental, é o coronel e ex-senador pelo estado de Virgínia, Richard Black, que serviu durante décadas as Forças Armadas dos EUA e esteve inclusive em Alepo durante a guerra na Síria.

Ele lembra que o conflito bélico na Síria começou em 2011 quando os EUA desembarcaram naquele país “agentes da CIA para começar a coordenar com a Al-Qaeda e outros grupos terroristas”, ou seja também a Síria foi vítima de uma a guerra por procuração, que agora vem sendo imposta ao leste europeu (Ucrânia), onde Washington manipula um governo de extrema direita.

“Somos ainda hoje apoiadores da Al-Qaeda, que junto com o ISIS levaram a cabo a missão dos EUA”, afirmou, revelando que o objetivo da Casa Branca era “derrubar o governo legítimo da Síria”. Como não conseguiram atingir este objetivo colocaram em ação um “Plano B”, cuja essência consistia em semear fome e doença na população do país árabe, confiscando regiões produtoras de trigo, jazidas de petróleo e gás natural e impondo as sanções Cézar, as mais draconianas da história, mais serveras que as da Segunda Guerra Mundial.

“Empregamos soldados por procuração que eram os mais execráveis de todos os terroristas”, denunciou, alertando que “algo semelhante está acontecendo neste momento na Ucrânia”.

Depois da dissolução da União Soviética e do Pacto de Varsóvia a Otan também deveria ser extinta, uma vez que a razão de sua existência era se contrapor à URSS e ao Pacto de Varsóvia. Mas “a grande tragédia da história” é que isto não ocorreu, na opinião de Black. “Mantiveram-na e ela não poderia continuar existindo a menos que tivesse um inimigo”, argumentou. Fizeram de tudo para que este inimigo fosse a Rússia, que após a restauração do capitalismo “estava desesperada por se tornar parte do Ocidente”.

Assista o vídeo com a longa e esclarecedora entrevista concedida pelo militar norte-americano ao jornalista Michael O. Billington, editor da Executive Intelligence Review

Ilustração: Dormidont Viskarev