Mapuches chilenos em greve de fome estão em estado crítico

A coordenadora de familiares dos 32 mapuches presos, que cumprem hoje 53 dias de greve de fome, advertiu sobre o agravado estado de saúde dos indígenas, alguns já com risco vital. Segundo a porta-voz dos familiares, María Tracal, os grevistas encontram-se em fase crítica, evidenciada pela perda de tecido muscular e o enfraquecimento de órgãos vitais como os pulmões, os rins, o coração e o fígado.

Nos últimos dias, vários dos detentos em instituições penais do sul do país tiveram que ser transladados de urgência a instâncias hospitalares, devido à descompensação por não ingerir alimentos.

“Poderíamos estar celebrando um bicentenário com mapuches agonizando”, alertou um comentarista da rádio chilena Bío Bío, quem considerou iminente um desfecho fatal.

Enquanto isso, continuam as manifestações na cidade em defesa da causa mapuche e as expressões de denúncia de setores políticos e intelectuais, opostos à aplicação da lei antiterrorista na região chilena de Araucanía.

Na última quarta-feira (1), um grupo de historiadores chilenos fez uma declaração pública em apoio à luta da etnia por direitos tão sagrados como o da terra e em rejeição à militarização do território arauco.

Os profissionais criticaram ademais o silêncio informativo dos grandes meios de comunicação no Chile e chamaram a uma manifestação de solidariedade com os povos originários, dia 7 de setembro, em frente ao Arquivo Histórico Nacional.

Por sua vez, o deputado e presidente do Partido Comunista, Guillermo Teillier, instou o governo a uma mesa de diálogo com os representantes do povo mapuche, em concordância com o pedido nacional e internacional sobre o tema.

Justo agora que vamos celebrar o bicentenário, sendo este povo ancestral o que primeiro lutou pela liberdade da nossa pátria, não podemos dar o pagamento que lhe estamos dando hoje, temos que consertar esta dívida histórica, sublinhou Teillier.

Com informações da Prensa Latina

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