Guatemala: Eleições serão marcadas por alta participação de candidatas

O Supremo Tribunal Eleitoral (TSE, por sua sigla em espanhol) da Guatemala convocou as eleições presidenciais para o próximo dia 11 de setembro. O anúncio, dado na última segunda-feira (2), marcou o início da campanha eleitoral no país. Neste ano, o destaque será a quantidade de candidatas mulheres.

A convocatória aconteceu nessa segunda-feira, na Grande Sala do Teatro Nacional. Na ocasião, María Eugenia Villagrán, presidenta do TSE, afirmou que trabalhará para que as eleições ocorram de forma “livre e transparente” e pediu uma campanha pacífica.

“A disputa eleitoral não deve construir uma luta à morte entre supostos inimigos onde, ao final, sobrevive o vencedor. Pelo contrário, trata-se de um evento democrático e civilizado”, comentou.

No dia 11 de setembro, cerca de 6,4 milhões de eleitores/as irão às urnas eleger os/as representantes políticos para os próximos quatros anos (2012-2016). No total, serão eleitos/as um/a presidente/a e vice-presidente/a, 333 prefeitos/as, e 158 deputados/as para o Congresso e 20 para o Parlamento Centro-Americano.

As inscrições para os/as candidatos começaram ontem (3) e vão até o próximo dia 12 de julho. Já os/as eleitores/as terão até o dia 11 de julho para fazer o registro para poder votar.

A campanha eleitoral também começou oficialmente dessa terça-feira e terminará 48 horas antes das eleições. Nesse período, o Governo não poderá realizar propagandas de suas atividades. A medida foi tomada com o objetivo de que a publicidade governista não influencie os eleitores.

Mulheres

As mulheres são o grande destaque nestas eleições presidenciais. Notícias dão conta de que pelo menos cinco se candidatarão à presidência neste ano. Até mesmo o indicado como candidato favorito nas urnas, o general afastado Otto Pérez Molina, do Partido Patriota (PP), apresenta uma mulher na sua vice-presidência, a deputada Roxana Baldetti.

Entre as candidatas à presidência, está a ex-primeira dama Sandra Torres, quem participa de uma coalizão formada pelo partido governista Unidade Nacional da Esperança (UNE) e pela Grande Aliança Nacional (Gana). Torres se divorciou recentemente de seu marido, Álvaro Colom, presidente da Guatemala. Dessa forma, ela pode disputar à presidência sem violar a legislação guatemalteca, a qual proíbe a candidatura de postulantes que tenham grau de parentesco com o atual governante.

Outro destaque nestas eleições é a indígena e Prêmio Nobel da Paz de 1992, Rigoberta Menchú, do partido Movimento Winag. A candidatura de Menchú será confirmada no próximo sábado (7), durante assembleia geral da Frente Ampla, aliança formada por Winag, Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG-Maíz) e Alternativa Nova Nação (ANN).

Além de Torres e Menchú, disputarão a presidência: Zury Ríos Sosa, deputada e filha do ex-general José Efraín Ríos Montt, pela Frente Republicana Guatemalteca (FRG); Patrícia Escobar de Arzú, esposa do ex-presidente Álvaro Arzú, pelo Partido Unionista (PU); e Adela Camacho de Torrebiarte, empresária e ex-ministra do Interior, pelo partido Ação de Desenvolvimento Nacional (ADN).

Fonte: Agência Adital

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