Governo de Israel mata nove palestinos, inclusive três crianças na Faixa de Gaza

Palestinos protestavam contra repressão policial que deixou mais de 300 feridos com balas de borracha na mesquita de Al-Aqsa na manhã desta 2ª feira

A repressão political, determinada pelo governo reacionário de Benjamin Netanyahu, deixou mais de 300 feridos, de acordo com a ONG Crescente Vermelho, que fornece atendimento médico à população. O confronto ocorreu na manhã desta 2ª feira (10) na mesquita de Al-Aqsa, um dos locais mais sagrados do Islã, em Jerusalém.

Os palestinos fizeram uma barricada dentro do templo para evitar a entrada da polícia. Mas as autoridades israelenses forçaram a entrada. Nas redes sociais, manifestantes e redes de TV locais compartilharam vídeos e imagens que mostram os policiais de Israel atirando balas de borracha e lançando gás lacrimogêneo. Os palestinos revidaram atirando pedras.

O protesto desta manhã faz parte de uma série de manifestações que têm ocorrido no último mês. De 12 de abril a 12 de maio é comemorado o Ramadã, mês sagrado dos muçulmanos. Com isso, as tensões entre israelenses e palestinos aumentaram na Cidade Velha de Jerusalém, que é um dos distritos mais disputados entre os grupos.

A mesquita Al-Aqsa é um dos locais mais sagrados para o islamismo e para o judaísmo. Os confrontos começaram na 6ª feira (8.mai), quando palestinos foram proibidos de entrar na mesquita. Essa era a última 6ª do Ramadã.

A nova onda de manifestações foi impulsionada também pelo despejo de palestinos de suas casas no leste de Jerusalém. Israelenses se tornaram os novos donos das propriedades.

Era esperado que a situação piorasse nesta 2ª feira (10.mai) porque os israelenses estão comemorando o Dia de Jerusalém, o aniversário da ocupação do setor oriental da cidade. Em 1967, Israel declarou a cidade como sua capital de forma unilateral. A Autoridade Nacional Palestina também reivindica a cidade.

Assassinando crianças

Em resposta à repressao, o Hamas disparou foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, mas o governo assassino de Netanyahu ordenou uma repressão violenta que resultou na morte de nove palestinos, entre elas três crianças.

O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta  2ª feira (10) e deve analisar a ação criminosa. Resta saber se os Estados Unidos, agora sob o governo Biden, vai respaldar o governo israelense.

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