A Federação Sindical Mundial (FSM) divulgou uma nota em solidariedade a greve dos portuários chilenos que, há mais de 15 dias parados, demandam o pagamento retroativo de meia hora da merenda e que desde 2005 é descontada como tempo de trabalho. Tachado de ilegal pelo governo por não declará-los nos processos de negociação coletiva os portuários mantêm bloqueado o acesso às embarcações.
A greve, que teve a adesão dos principais portos do país, continuará segundo os manifestantes “Seguiremos esperando que nos chamem para uma mesa de negociação e o porto continuará parado”, expressou o presidente da União Portuária do Chile, Sergio Vargas, para a rádio chilena Cooperativa. Por sua vez, o Ministro do Trabalho, Juan Carlos Jobet, disse que só dialogará com os portuários se terminarem a paralisação.
No porto San Antonio, cerca de 25 trabalhadores foram presos na última quarta-feira (15), em incidentes com a polícia, quando impediram a entrada de estivadores contratados pelas empresas para tirar a carga acumulada.
Leia abaixo a íntegra da nota:
Solidariedade Internacional da FSM com os Trabalhadores Portuários do Chile
A Federação Sindical Mundial (FSM) expressa sua plena solidariedade de classe com os trabalhadores portuários no Chile e sua luta por seus direitos com a greve que está ocorrendo há dias, em vários portos do país.
A FSM rechaça energicamente a repressão estatal e a truculência da polícia contra dos trabalhadores e dirigentes sindicais em luta, as ameaças contra dirigentes sindicais e os esforços do estado chileno em romper a greve, utilizando forças especiais de Carabineros para ingressar trabalhadores não mobilizados ao porto San Antonio.
A Federação Sindical Mundial, que representa 86 milhões de trabalhadores filiados nos cinco continentes, solidariza-se com os trabalhadores grevistas e com sua luta e exige que pare agora mesmo a repressão estatal.
Atenas, 14 de janeiro de 2014
Secretariado da FSM